quinta-feira, 17 de setembro de 2009

No troca-troca,
eles sempre levam vantagem
Gerson Tavares

Ontem falei que o Senado liberou geral para a internet no período de campanha eleitoral. Vamos poder continuar a falar dessa “camarilha" que está por aí “roubando” a bolsa do povo e ainda dá uma de bonzinho. Mas como vamos poder continuar a “alertar”, pensei que para 2010 as urnas estivessem livres dessa podridão que está campeando pelo Parlamento.

Mas é sempre assim e nem tudo é notícia boa. Quando o senado concluiu a votação da reforma eleitoral, dando tanto destaque para a derrubada das restrições às coberturas jornalísticas pela internet em 2010, eles deixaram em segundo plano as coisas que irão dar continuidade à imundice que teima em permanecer enlameando a política brasileira. O relator do projeto na Câmara, Flávio Dino fez uma alteração no texto deixando clara a existência de restrições para debates na web. O texto inclui no mesmo artigo da “web livre” a restrição. Para a realização de debates na web será necessária a presença de 2/3 dos candidatos, como acontecerá em rádio e televisão.

Como na internet não haverá mais alteração, então eles resolveram que no “resto” tudo deverá continuar também sem alteração, com os “fichas sujas” garantidos pela Justiça e também em relação às doações de campanha. Elas poderão ser “ocultas”, por “debaixo dos panos. Tal como a Câmara já havia aprovado, ficam autorizadas doações diretas os partidos e ninguém vai ficar sabendo para que candidato foi a “grana”, até seis meses após as eleições. Se bem, que seis meses depois ninguém mais vai lembrar de cobrar a relação de doadores e de recebedores. Todos sabem que a memória do brasileiro é bem “curtinha”.

E assim, tenho certeza que muitos candidatos não estarão nem preocupados com se eleger ou não, porque eles vão garantir em contas “lá fora”, dinheiro que vai dar para viver os quatro anos, até a próxima campanha.

Como diria o Boris Casoy: “Isto é uma vergonha”!

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