segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Hino “negro”



Só da cabeça de um Vicentinho
poderia sair tamanha asneira




Ney Lopes e Cláudio Jorge são autores de uma comédia musical que foi encenada no final da década 80 e início da 90, onde só atores, cantores, atrizes, cantoras e músicos negros participavam. “Oh! Que delícia de negras” era o título deste espetáculo. Muitas piadas sobre racismo, melodias que exaltavam a mulher negra e tudo aquilo que por muito tempo as pessoas tinham medo de falar. Tendo como ator principal Grande Otelo, foi uma montagem que marcou pela coragem dos autores que faziam das diferenças raciais uma grande comedia.

Na sexta-feira li que a Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei do deputado petista Vicentinho, oficializando o “Hino à negritude”, do professor Eduardo de Oliveira.

Parece brincadeira, num país onde poucos sabem cantar o “Hino Nacional”, vem o tal do Vicentinho pedir a oficialização de um hino racista. Eu, como muitos brasileiros, sou branco e ninguém até hoje fez o “Hino da brancura”. Sou obrigado a me contentar com o comercial o sabão Omo.

Tanta coisa para essa Câmara dos Deputados fazer e ficam gastando tempo e dinheiro com um hino discriminatório? Façam-me favor.

Com tanta coisa séria para resolver e essa cambada de desocupados preocupada em provocar a desarmonia racial.

Um comentário:

leandro disse...

Autor Demetrio Magnoli fez ótimo texto sobre o assunto;

http://www.imil.org.br/artigos/de-nixon-a-vicentinho/