quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A crise política em Honduras





Lula e Chávez já gostam de
uma confusão, mas o Chávez
é mais esperto


Esta crise em Honduras precisa ser entendida. O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, que voltou ao país na última segunda-feira, foi derrubado por um golpe militar em 28 de junho e obrigado a deixar o país rumo à Costa Rica. Ele governava desde 2006 e, segundo os militares, Zelaya pretendia incluir nas clausulas das eleições de novembro deste ano uma consulta sobre a possibilidade de se mudar a Constituição do país para poder se reeleger. Esta seria a causa do golpe, que pela causa poderia ser chamado de contra-golpe.

Zelaya foi prontamente substituído no poder, não por um militar, mas pelo presidente do Congresso, Roberto micheleti, que como muitos no país, é inimigo político de Zelaya. Roberto Micheletti teve o apoio de setores conservadores. O governo interino tem uma ordem de prisão contra ele e prometiam prendê-lo caso ele voltasse ao país.

Os atuais governantes de Honduras também acusam Zelaya de corrupção, o que o presidente deposto, como todos os corruptos, nega. O contra-golpe criou uma grave crise política em Honduras, com manifestações de rua e embates entre partidários, pró e contra Zelaya.

A atitude dos militares foi condenada pela comunidade internacional, liderada pelo presidente norte-americano, Barack Obama, pela União Europeia e por governos latino-americanos, representados pela OEA, que suspendeu o novo governo de Honduras, negando sua legitimidade. Vários fundos de ajuda econômica ao país, que é um dos mais pobres da América Latina, foram cortados.

Esta atitude da OEA sempre acontece quando um país passa por qualquer problema político que venha ao afastamento do presidente eleito pelo povo, até que tudo seja normalizado.

Mas no caso de Honduras, o Brasil, por ter um governo anti-militarismo, tomou a frente em favor de Zelaya. Até porque ninguém, em sã-consciência, poderá garantir que Lula não tem a mesma idéia de querer se perpetuar no governo como Zelaya.

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