segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Na Bahia, professorado tem trabalho escravo





Com um governador desse não dá para ser professor


A Bahia tem suas peculiaridades. E quando é para atrapalhar a vida do trabalhador, os politiqueiros de plantão estão a postos. Estamos chegando ao final do ano letivo de 2011 e nos “escritórios” já começam a pensar em que mexer para bagunçar a vida dos professores e pessoal auxiliar da educação.

Foi então que resolveram mudar o calendário escolar de 2012 da Rede Estadual. As aulas na rede estadual de ensino terão início no 1º dia útil de fevereiro e as férias escolares de julho passarão de 15 para 31 dias.

Serão 5.300 escolas que passarão pelas mudanças e esta resolução determina novas diretrizes para elaboração do calendário.

Atualmente, cada escola é responsável por organizar seu calendário, que deve cumprir o mínimo de 200 dias letivos, mas a partir de 2012, todos terão que cumprir as ordens do “comando maior”. Assim sendo, as aulas regulares deverão encerrar o 1º semestre no último dia útil de junho. Já as aulas do 2º semestre terão início no 1º dia útil de agosto e terminarão após se completarem os 100 dias letivos previstos para o período.

Se antes, o processo de atribuição de classes/aulas nas escolas estaduais acontecia na primeira semana de fevereiro, com o novo calendário, ele será realizado já na segunda quinzena de janeiro.


Segundo Leila Mallio, responsável pela Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (CENP), da Secretaria de Estado da Educação, as novas diretrizes também visam compatibilizar o cronograma do Estado com os dos demais sistemas de ensino, além de facilitar aos pais o planejamento das férias dos alunos, visto que o período passará a ser pré-determinado, o que não acontecia até agora. As férias para os docentes ocorrerão nos períodos de 1º a 15 de janeiro e de 1º a 15 de julho. Lei do cão para o pessoal da Educação e enquanto isso o político trabalha oito meses por ano de terça à quinta-feira.

E o cinismo desse “pessoal do cabide” é tanto que eles estão garantindo que 15 dias de janeiro e 15 dias de julho, somados dão mais de 30 dias. Garanto que esse pessoal ficou reprovado em aritmética, já que pela matemática nem passou perto. Aliás, eles vão mais longe e dizem que os professores, na prática, descontados os dias de atribuição e planejamento em janeiro e julho, terão no mínimo 53 dias de descanso, sendo 27 dias corridos, entre dezembro e janeiro, e outros 26 em julho.

Não sei, mas acho que esses caras são os mesmos que auxiliam o Guido Mantega, pelo que explica o chefe de gabinete da Secretaria de Educação, Fernando Padula, de que até este ano, os docentes tinham 30 dias corridos de férias em janeiro e apenas 10 dias de recesso em julho.

Mas como a coisa não pode parar por aí, eles ainda ameaçam que os dias letivos e/ou aulas programadas que deixarem de ocorrer por qualquer motivo deverão ser repostos, conforme a legislação pertinente, podendo ocorrer essa reposição inclusive aos sábados.

Só esquecem esses “safardanas” que férias de 30 dias corridos é um direito do trabalhador, mas também falar em direito do trabalhador com esse pessoal do "Partido dos Trairas" já é querer demais. E pelo que fiquei sabendo tudo isso foi mais um acordo absurdo que a APLB fez com o governo sem consultar a categoria, já que ela trabalha para o bem do governo.

Tudo faz crer que a APLB, que é o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia está nessa “mutreta com o Jaques Wagner. Por isso tudo chegou a hora dos verdadeiros trabalhadores reivindicarem. E aqui estamos abrindo espaço para o pessoal da Educação da Bahia.

“Quase dois anos sem uma assembléia e tudo que o governo quer a APLB faz, até quando vamos ficar reféns do nosso próprio sindicato. Temos um sindicato governista que não nos representa. Sindicato que se preza trabalha para defender a classe trabalhadora e não o patrão. Precisamos exigir uma assembléia urgente. Sem luta não há conquista!”

Estamos com vocês. Se é para dar “porrada” em políticos, conte com a gente. Mas aqui vale um lembrete para que todos saibam por que “ela” virou “ele”. Não é um caso de transformismo, mas de acomodação. A APLB era a "Associação dos Professores Licenciados do Estado da Bahia", mas como quando se fala em sindicato, fala-se em dinheiro no bolso, a Associação virou o "Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia". E este sindicato é liderado há anos por um “amigo” de todos os governos que entram. E ele faz o inverso da máxima e brada: “Se é governo, sou a favor”.

Mas como todos sabem, sindicato arrecada muito dinheiro por ano e com isso o “amiguinho” do governo não larga o osso porque ele não é besta nem nada. Até mesmo na ultima eleição, quando a oposição apresentou uma chapa forte por todo o estado, eles conseguiram dar o golpe e o “safardana” venceu e dizem as “boas línguas”, que com fraude e muita “mutreta”.

Agora eles embarcam de cabeça com o governo nessa das férias divididas para o professorado.

Como falou uma professora muito bem: “Tudi isso tinha que ser com professor mesmo!”

Nenhum comentário: