Ministério do Esporte investe R$ 753 mil em pista sem uso

Sem estudo técnico nem aval de autoridades, pista móvel de borracha não foi utilizada e encalhou

O desrespeito ao dinheiro público chega "às raias do atletismo". Assim como existia o bicho de muitas cabeças, no Ministério do Esporte esteve um bicho de muitos rabos. É assim, quase em tom de piada que posso falar sobre os desmando do “rei da Tapioca’, o baiano Orlando Silva, que mesmo depois de ter sido expurgado ainda estão sendo encontrados muitos dos seus “rabos”.

E na sua própria terra, o abandono de 15 mil metros quadrados de borracha destinados a pistas de atletismo simboliza, no interior da boa Bahia, o descontrole e a falta de critério que tomaram conta do Ministério do Esporte. A pasta abraçou uma ideia “pioneira” de um professor de capoeira e presidente da Fundação de Apoio ao Menor de Feira de Santana (Famfs): transformar pneus velhos em pistas de atletismo. O resultado está nos galpões da entidade porque o material simplesmente está encalhado e abandonado.

Mas tudo porque o professor que atende pelo nome de Antonio Lopes Ribeiro e é presidente da Famfs, é parceiro antigo de “tramóias” do Ministério do Esporte. Nos últimos oito anos, levou R$ 60 milhões da pasta em convênios dos programas Segundo Tempo e Pintando a Liberdade/Cidadania.

Ele é personagem de dois inquéritos no Ministério Público por irregularidades no uso do dinheiro da pasta e o Orlando, mentor de tudo isso, ainda acha que vai conseguir emprego em alguma empresa.

Ele é um brincalhão...