terça-feira, 1 de novembro de 2011

Este é o “cara”




Gerson Tavares


A coisa de uma semana atrás um conhecido me perguntou o que tenho contra o Fernando Haddad e eu não sabia o que responder. Porque nunca falei que tenho alguma coisa contra o Fernandinho, até porque ele não precisa que alguém tenha alguma coisa contra ele, já que é ele mesmo quem tem contra.

Haddad entrou para o Ministério da Educação com o Luiz Inácio e acabou ficando com a Dilma. Mantêm-se ali, agarrado ao cargo e sabe que tem uma meta que é ser prefeito de São Paulo. Tem um bom cabo eleitoral e praticamente já derrubou todas as barreiras que poderiam aparecer diante dele dentro do partido.

Durante toda a sua administração, Haddad tem feito mil “cacas” na Educação, e para cada uma delas sempre tem uma desculpa. Quando se fala de Enem então, é uma “caca” a cada prova. E como ele tem registro e não só fama de “caqueiro”, este ano não poderia fugir á regra.

Em um momento bem delicado para quem está ministro, afinal, em um governo de menos de dez meses, seis ministros já dançaram. Tá, tudo bem que só cinco dançaram por corrupção e o sexto resolveu sair, até por ser corrupto e sim por não ter “papas na língua”, mas o Haddad sentiu que o cerco está apertando mesmo em um governo que tem ministros saindo pelo ladrão. Aliás, aqui dá para abrir um parêntese: “ministros saindo pelo ladrão e como ladrão”.

Mas vamos voltar ao que interessa, em um governo que tem muitos ministros e por tanto, muitos ainda poderão sair antes do Haddad, ele mais uma vez deixou o rabo no meio do caminho e alguém pisou.

O Enem deste ano, mais uma vez vira anedota com uma prova com questões copiadas de uma “cartilha” que 639 alunos de um colégio da capital cearense, a bela Fortaleza, tinham em mãos, dias antes da prova.

Mas Fernando Haddad disse que o governo tem a convicção de que dois dos 36 cadernos de pré-teste do Enem foram reproduzidos e distribuídos aos alunos pelos professores do Colégio Christus, em Fortaleza. E foi fundo em sua consideração: "Os professores recomendavam aos próprios estudantes a não divulgação desses cadernos, porque as questões ali contidas, provavelmente algumas delas cairiam na prova". E a culpa do vazamento foi “naturalmente” dos professores, não é mesmo Fernandinho?

Gente, este é o terceiro ano seguido que o Enem mostra que não existe segurança ou seriedade ou ainda, as duas coisas juntas e isso eu não sei dizer, só sei dizer que não existe honestidade para com os jovens que estão tentando vencer na vida com seus estudos e conhecimento. E o Colégio Christus naturalmente é o culpado, não Fernando Haddad?

Tudo bem que até para ser presidente da República, o individuo pode ser analfabeto, até porque quem vota pode ser votado e agora analfabeto vota, mas que é um desrespeito ao cidadão que passa o ano estudando e na hora da prova, um “bando de desocupados” está de posse das respostas da prova para vender aos estudantes vagabundos, lá isso é.

Mas isso são coisas de Fernando Haddad em terra de Lula e Dilma.

Um comentário:

Vilma Dantas disse...

Educação não é o forte desse governo petista. Afinal, para que eles se igualem, tem que ser por baixo mesmo.

Vilma Dantas
Rio de Janeiro