DINHEIRO
QUE VALE DINHEIRO
Depois que Itamar
Franco instituiu o Real como a moeda salvadora do Brasil, mesmo com os governos
seguintes tentando acabar com o valor daquela moeda, ela até hoje está seguindo o seu caminho e cumprindo o seu papel. Mas agora, uma nova
“moeda” está circulando em uma cidade brasileira e já é até finalista ao “Prêmio Governarte”.
Estou falando do “Programa
Moeda Social Mumbuca”, que foi instituída pela prefeitura de Maricá, na Região
dos Lagos do Rio de Janeiro. Este programa é um dos finalistas do "Prêmio Governarte", que é
uma mostra da “Arte do Bom Governo”, do Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID).
O projeto concorre com
outras cidades da Colômbia, Costa Rica e Guatemala como melhor iniciativa pública de inclusão social
por meio da tecnologia. “A gente não esperava que o projeto de uma cidade tão
pequena fosse ter essa dimensão toda”, disse à Agência Brasil o secretário de
Direitos Humanos e Cidadania de Maricá, Miguel Moraes, que é o responsável pelo
lançamento e desenvolvimento do programa.
Claro que hoje Moraes está
fazendo todo o esforço para que o projeto saia vencedor na premiação. A eleição
está sendo feita pela internet e se estenderá até o próximo dia 8 de dezembro.
A divulgação dos ganhadores será no dia 15 de dezembro.
Mas o que vem a ser
este projeto? Sem demonstrar vaidade, o
secretário disse que não se trata de um projeto social só de Maricá. “É
do Estado do Rio de Janeiro, é do Brasil. Nós estamos em uma disputa
internacional e vale a pena mobilizar a sociedade brasileira em defesa de um
programa ímpar no mundo”.
A “Bolsa Mumbuca” é uma moeda social eletrônica de complementação de renda. O projeto global objetiva o
desenvolvimento econômico local. “Está tendo um estímulo muito forte na
economia local e na sociedade como um todo”.
E assim funciona a
“bolsa”: na primeira fase, que está completando um ano de implantação, a “moeda
Mumbuca” utiliza cartões de débito para complementar as rendas mensais de
famílias que ganham até um salário mínimo. A prefeitura já atendeu a 14.126
famílias ‘em quase um ano de programa’.
Até janeiro próximo, esse número se elevará para 15 mil famílias,
atingindo 20 mil até o final de 2016, quando a complementação de renda mensal
será R$ 300 por família. Atualmente, está em R$ 85 mensais. O valor inicial foi
R$ 70. “O gasto da prefeitura com o ‘Bolsa Mumbuca’ deve alcançar R$ 6 milhões
por mês em 2016, que serão injetados na economia local, gerando tributos, renda
para as famílias e também desenvolvendo o comércio local”. Assim, o dinheiro gasto pela prefeitura voltará em forma de tributos pagas pelo comércio.
E como eles pensaram em
tudo, a partir de 2015, o programa entrará em uma segunda etapa,
que envolve o estímulo ao micro e pequeno empreendedor da cidade. “Serão
abertas linhas de crédito para micro e pequenos empreendedores”, destaca o
secretário. E segue colocando a realidade de Maricá: “Nós vamos emprestar, a
juros subsidiados, até 15 mil Mumbucas, que equivalem a R$ 15 mil, para todo
micro e pequeno empreendedor, incluindo agricultores familiares e o pescador
artesanal”.
Ele esclarece que a “Bolsa
Mumbuca” representa apenas 20% do projeto total. Outras ações previstas a
partir de 2015 são o “Café da Manhã do Trabalhador”, que contempla mais de 3
mil pessoas que trabalham fora de Maricá, além de ajuda para complementação de
livros de 2 mil estudantes universitários.
Sei não, mas a turma
do Lula tem muito ainda que aprender. Maricá é logo ali. E só dar um pulinho até lá que eles vão ensinar como ajudar sem dar esmola. Aprendam a governar.
O Brasil agradece.
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