sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Iniciativa pública de inclusão social de Maricá é finalista em prêmio do BID.


DINHEIRO QUE VALE DINHEIRO

Depois que Itamar Franco instituiu o Real como a moeda salvadora do Brasil, mesmo com os governos seguintes tentando acabar com o valor daquela moeda, ela até hoje está seguindo o seu caminho e cumprindo o seu papel. Mas agora, uma nova “moeda” está circulando em uma cidade brasileira e já é até finalista ao “Prêmio Governarte”.

Estou falando do “Programa Moeda Social Mumbuca”, que foi instituída pela prefeitura de Maricá, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Este programa é um dos finalistas do "Prêmio Governarte", que é uma mostra da “Arte do Bom Governo”, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O projeto concorre com outras cidades da Colômbia, Costa Rica e Guatemala como  melhor iniciativa pública de inclusão social por meio da tecnologia. “A gente não esperava que o projeto de uma cidade tão pequena fosse ter essa dimensão toda”, disse à Agência Brasil o secretário de Direitos Humanos e Cidadania de Maricá, Miguel Moraes, que é o responsável pelo lançamento e desenvolvimento do programa. 

Claro que hoje Moraes está fazendo todo o esforço para que o projeto saia vencedor na premiação. A eleição está sendo feita pela internet e se estenderá até o próximo dia 8 de dezembro. A divulgação dos ganhadores será no dia 15 de dezembro.

Mas o que vem a ser este projeto? Sem demonstrar vaidade, o  secretário disse que não se trata de um projeto social só de Maricá. “É do Estado do Rio de Janeiro, é do Brasil. Nós estamos em uma disputa internacional e vale a pena mobilizar a sociedade brasileira em defesa de um programa ímpar no mundo”.

A “Bolsa Mumbuca” é uma moeda social eletrônica de complementação de renda. O projeto global objetiva o desenvolvimento econômico local. “Está tendo um estímulo muito forte na economia local e na sociedade como um todo”.

E assim funciona a “bolsa”: na primeira fase, que está completando um ano de implantação, a “moeda Mumbuca” utiliza cartões de débito para complementar as rendas mensais de famílias que ganham até um salário mínimo. A prefeitura já atendeu a 14.126 famílias ‘em quase um ano de programa’.  Até janeiro próximo, esse número se elevará para 15 mil famílias, atingindo 20 mil até o final de 2016, quando a complementação de renda mensal será R$ 300 por família. Atualmente, está em R$ 85 mensais. O valor inicial foi R$ 70. “O gasto da prefeitura com o ‘Bolsa Mumbuca’ deve alcançar R$ 6 milhões por mês em 2016, que serão injetados na economia local, gerando tributos, renda para as famílias e também desenvolvendo o comércio local”. Assim, o dinheiro gasto pela prefeitura voltará em forma de tributos pagas pelo comércio.

E como eles pensaram em tudo, a partir de 2015, o programa entrará em uma segunda etapa, que envolve o estímulo ao micro e pequeno empreendedor da cidade. “Serão abertas linhas de crédito para micro e pequenos empreendedores”, destaca o secretário. E segue colocando a realidade de Maricá: “Nós vamos emprestar, a juros subsidiados, até 15 mil Mumbucas, que equivalem a R$ 15 mil, para todo micro e pequeno empreendedor, incluindo agricultores familiares e o pescador artesanal”.

Ele esclarece que a “Bolsa Mumbuca” representa apenas 20% do projeto total. Outras ações previstas a partir de 2015 são o “Café da Manhã do Trabalhador”, que contempla mais de 3 mil pessoas que trabalham fora de Maricá, além de ajuda para complementação de livros de 2 mil estudantes universitários.

Sei não, mas a turma do Lula tem muito ainda que aprender. Maricá é logo ali. E só dar um pulinho até lá  que eles vão ensinar como ajudar sem dar esmola. Aprendam a governar.

O Brasil agradece. 

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