PARA ELES? TUDO!
Gerson Tavares
Quando todos estão
preocupados com a situação financeira do Brasil, chegou à vez dos parlamentares
se manifestarem para arrombar ainda mais o cofre. Os ”safardanas” querem elevar
a partir de janeiro seus próprios salários, mas para que não haja problemas nem
“grita” no Executivo, também os vencimentos da presidente Dilma Rousseff, do
seu vice, o Michel Temer, e dos 39 ministros serão muito bem majorados. Mas a
coisa não por aí, até porque, essa é maior “cascata” que existe no País.
Para eles, congressistas,
a previsão é de reajuste de R$ 26.723 para R$ 33.769. O aumento tem como base o
acumulado dos últimos quatro anos do índice oficial de inflação que segundo os
técnicos é de 26,33%. Falando assim, até parece até que só de quatro em quatro
anos o salário da “quadrilha” é revisto, claro, "extra oficialmente". Mas o prejuízo não acaba aí, pois os
congressistas, além dos salários, têm direito a apartamento funcional ou
auxílio-moradia de R$ 3.800 e verba indenizatória de até R$ 41 mil para
deputados e R$ 44,2 mil para senadores.
O presidente da Câmara,
Henrique Eduardo Alves, que é do PMDB do Rio Grande do Norte, admitindo a
elaboração do projeto falou assim: "Tem que ter o aumento. Em toda a
legislatura que se encerra, você tem que aprovar o aumento para o próximo ano.
Isso é constitucional. O último aumento foi há quatro anos".
O artigo da
Constituição citado por Alves é o 49, que trata das competências do Congresso.
O texto prevê a fixação de subsídios idênticos para deputados federais,
senadores, presidente e vice-presidente da República.
Mas ele se esqueceu de
falar que em nenhum artigo fala que há obrigatoriedade de se fazer reajustes no
fim de cada legislatura.
O grande perigo é que
depois dessa “quadrilha” conseguir meter a mão no bolso do povo, outras
“quadrilhas” irão seguir o mesmo caminho e o povo só fica com a despesa.
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