segunda-feira, 3 de janeiro de 2011



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Para mim, o ano começou diferente





Gerson Tavares

Sempre na primeira semana do ano eu descanso, mas este ano tudo vai ser diferente. Com a posse da Dilma Rousseff como presidente da República deste imenso país que amo, eu não poderia ficar calado e então resolvi atrasar meu descanso por uma semana.

E no sábado passado a Dilma Rousseff tomou posse lá no Planalto de um cargo que pela primeira vez foi galgado por uma mulher. As mulheres do Brasil estarão representadas no mais alto patamar da República e foi aí que aproveitei o dia 31 de dezembro, véspera da posse para ver como as mulheres estão recebendo essa honraria.

Mas qual não foi a minha surpresa ao ouvir muitas das respostas da “enquete” que não deixei que o Ibope do Carlos Alberto Montenegro me enfiasse pela goela abaixo. E fiquei surpreso mesmo, porque não estava ali, em jogo, a minha opinião e sim de mulheres como Dilma e não é que coincidiam com a minha?

Sempre achei que mulher deve estar em qualquer lugar que lhe aprouver, pois se elas, como os homens, tem deveres e direitos, ela pode ser dona de casa, médica, advogada, engenheira ou qualquer outra profissionale e incluo aí também os cargos políticos. Mas como eu, também outras pessoas e no caso mulheres, pensam que a Dilma nunca foi nada daquilo que se possa dizer “normal” para uma cidadã. Ela só teve passagem pela clandestinidade e só saiu dessa condição depois que seus “camaradas” foram anistiados como ela e voltaram à política e ela ficou na rebarba dos governos ditos de “esquerda”. E isso tanto é verdade, que até o seu último cargo, que foi ser ministra da Casa Civil, ela esteve “na aba” do “esquerdista” Lula.

Mas ela ganhou uma eleição e saiu do segundo plano para o primeiro e hoje já é a presidente da República. É bem verdade que quem vai mandar é o presidente de fato, o Lula, mas que o presidente de direito é ela, isso ninguém pode negar. E Dilma tomou posse, mas em minha “enquete” senti que uma grande maioria de mulheres, não se vê no governo. Ouvi de muitas que “mulher é mulher e a Dilma, é Dilma”.

Procurei não me aprofundar muito no assunto, mas “quase entendi” o que elas queriam dizer, principalmente depois que uma senhora explicou que a Dilma, com sua arrogância deixa de lado a mulher e se transforma em um simples “guerrilheiro”. Eu ainda ponderei se não seria “uma simples guerrilheira” e aquela senhorinha retrucou: “Um simples guerrilheiro mesmo, porque quem não tem pátria é guerrilheiro. Guerrilheiro não tem pátria e sim “bando”, por tanto também não tem sexo”.

Eu fiquei pensando naquilo que aquela senhora falou e vendo parte da solenidade da posse, cheguei a conclusão que ela tinha realmente razão e até poderia ir mais além. Se, depois de tanto tempo passado desde que tudo aconteceu de “negro” no país, com um grupo desorganizado querendo vencer uma revolução que nem chegou a ter início, querendo a todo custo tomar o governo das forças constituídas e a Dilma e seus “bandoleiros” ainda têm tanta raiva, é uma prova concreta que “guerrilheiro não tem sexo e muito menos coração”.

Mas Lula venceu a sua terceira eleição. Venceu, mas desta vez com um nome diferente. E assim Dilma assumiu no sábado, por ele, a Presidência. Com a passagem da faixa no parlamento, o que mais chamou a atenção foi o fato de que as cinco pessoas que estavam no parlatório, o vice Michel Temer, a Marcela, esposa e que bela esposa, do vice, a Marisa Letícia, mulher de Lula, o presidente Lula e a presidente eleita, Dilma Roiusseff, ninguém, mas ninguém mesmo, soube cantar se quer uma frase do hino nacional. Para mim, uma grande decepção, mas o que fazer se os mandatários não são preparados?

E assim, com todos "mudos", começava o novo mandato do Lula. Por hoje chega de posse, mas amanhã estarei contando alguns detalhes deste momento, mas com detalhes que precisam ser olhados com mais tranquilidade.

Feliz 2014, se deixarem.

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