quinta-feira, 31 de julho de 2008



Transplantes eram manipulados




Joaquim Ribeiro Filho foi preso


RIO – “Bandidos” estão em toda parte e em todas as categorias. Isso é o que prova a auditoria realizada pelo Denasus (Departamento Nacional de Auditoria do SUS) que apontou diversas irregularidades nos transplantes hepáticos no Estado do Rio entre 1997 e 2007. Um levantamento realizado em dezembro, até abril de 2006 a Central Estadual de Transplantes gerenciava as captações e as cirurgias com uma lista paralela, chamada de “lista única histórica”, e não com a lista oficial, do programa desenvolvido pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

O advogado Paulo Freitas, que representa o coordenador do Rio Transplante, Joaquim Ribeiro Filho, que foi preso ontem, durante a “Operação Fura-Fila”, da PF, entrou na Justiça com pedido de hábeas corpus para o médico. Segundo o Ministério público Federal, caso seja concedido o hábeas corpus, o órgão irá recorrer. A advogada Simone Kamenetz, que também representa Joaquim, as informações divulgadas pela PF sobre o seu cliente, não são verdadeiras.

Segundo o superintendente da PF no Rio de Janeiro, Valdinho Jacinto Caetano, o esquema era de colocar na frente da fila de transplante, um paciente que não precisava de transplante. A equipe de Joaquim atestava que o órgão para aquele paciente estava em más condições e por este motivo o paciente havia recusado o transplante. O órgão então era transplantado para um paciente que estivesse em qualquer lugar da fila de espera. A cirurgia era feita na Clinica São Vicente, na Gávea.

O “bandido” Joaquim Ribeiro Filho chegou a receber R$ 200 mil por órgão transplantado. Está é a rotina de um povo que já não sabe mais em quem acreditar.

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