quarta-feira, 30 de julho de 2008

Fugir de blitz sempre causa problema



Gerson Tavares



Na madrugada de domingo, um pessoa foi morta pela polícia americana no distrito de West Yarmount, em Massachusetts. Esta pessoa era um brasileiro que ao passar por uma barreira policial, tentou fugir em alta velocidade.

A esposa de André Martins (esse era o nome do rapaz), Camila Miranda Campos, que também estava no automóvel, nega a versão dos policiais e diz que Martins não teve nenhuma chance de se defender e nem de dar explicações, antes de ser morto. A polícia divulgou nota onde diz que André estava fumando um cigarro de maconha quando passou pela blitz. Ele estava com o cigarro na boca quando os paramédicos o retiraram do veículo.

Este é mais um caso de garotões que teimam em fazer besteiras, mas na hora de assumir, tentam dar uma de “malandro”. Luiz Carlos Martins, pai de André, que mora no Brasil, disse: “Ainda que ele estivesse com maconha, nada justifica a ação deles”. Só que o Luiz Carlos não sabe que lá os resultados não são como aqui. Lá como aqui, sempre que alguém tenta burlar a vigilância dos policiais em blitz, acontece o pior. A polícia atira e sempre acerta o alvo. Por isso, não queira ser o alvo do tiro. Se você está errado, seja o alvo da punição e não morra sendo alvo de um tiro por besteira. Seja responsável na hora de pagar pelo erro, já que você não o foi na hora de errar.

Mas senhor Luiz Carlos, entre lá e cá, existe uma diferença. Lá o fato aconteceu e a população entendeu o trabalho do policial que fez o seu papel quando as pessoas fogem para não assumir culpa. Aqui, quando o mesmo fato acontece, a comunidade, “orquestrada”, queima ônibus, depreda lojas, casas e carros e ainda se acha cheia de razão. Esta é a grande diferença.

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