Candidatos mantêm campanha após ameaça a jornalistas

Crivella sempre está nas favelas em que os problemas aparecem

RIO - Traficantes de drogas e integrantes de milícias que dominam favelas cariocas, estão dificultando as campanhas dos candidatos à Prefeitura do Rio, que estão precisando ter jogo de cintura para chegar perto dos eleitores mais pobres.

Um dia depois da ameaça feita por criminosos a jornalistas que acompanhavam uma caminhada de Marcelo Crivella (PRB) pela Vila Cruzeiro, sete candidatos garantiram que não vão se deixar intimidar pela existência de “currais eleitorais”, nem pela presença de bandidos armados durante suas visitas às comunidades.

No sábado passado, fotógrafos do O Dia, O Globo e JB, foram obrigados por traficantes, um deles armado de fuzil, a apagar de suas câmeras fotografias feitas durante o corpo-a-corpo de um dos candidatos a prefeito e que eles apareciam em imagens registradas quando o candidato tentava cumprimentá-los.

O candidato da vez foi o Marcelo Crivella que não chegou a ser incomodado e neste domingo, quando ele voltou a uma área favelizada: foi à Vila Kennedy, na zona oeste. Pelo visto, medo é uma palavra que não consta no dicionário dos candidatos.