terça-feira, 19 de agosto de 2008

O que falta à política e vergonha


Gerson Tavares


Quando se fala em vergonha, estamos falando de qualquer coisa, menos de política. Vocês querem ver? Pois bem: vamos falar de verbas que o governo Federal deve repassar aos municípios. É vergonhoso como o governo Federal tem coragem de, sem a menor vergonha de ser criticado, repassa muito mais verbas para os seus aliados do que para os outros governos como se isso fosse à coisa mais natural. Como exemplo, vamos falar aqui do Estado do Rio de janeiro. Os municípios com mais de duzentos mil habitantes estão aí para julgamento das atitudes desses petistas que nunca foram trabalhadores e muito menos, éticos.
Em valores conveniados e pagos já dá para notar que existe apadrinhamento. Olha só: o município de Nova Iguaçu tem governo petista. Tem como prefeito um petista, aquele que o único trabalho que fez foi pintar a cara para liderar os estudantes no “caso Collor”, o Lindberg. Já a cidade do Rio de Janeiro, que é a capital do Estado, é governada por César Maia, do DEM. Pois bem: Nova Iguaçu recebeu em verbas R$ 142.208.047,00, de um valor conveniado de R$187.644.761,00, enquanto o Rio de Janeiro recebeu R$ 245.812.959,19, de um valor conveniado de R$ 351.709.927,18. Isso quer dizer que o Rio recebeu R$ 57,72, enquanto Nova Iguaçu recebeu R$ 225,90 por habitante.

Poderíamos a continuar a falar de outros tantos municípios do Rio e do Brasil, mas de nada iria adiantar porque em todos eles, o critério foi sempre o mesmo. Se for “companheiro”, tem dinheiro a rodo. Se não for “companheiro”, o mínimo possível e de preferência, nem isso.

Está é a realidade do país, um país que tem um governo que se diz trabalhador. Mas eu desafio a se apresentar ao país um único trabalhador, mas trabalhador de verdade, que faça parte da direção do PT.

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