Quando bandido se vê apertado,
a imprensa é a culpada
Gerson Tavares
Gilmar Mendes é um nome que por alguma coisa me deixa sempre preocupado. Quem será este homem? Por que será que ele sempre nos surpreende. Nas atitudes, no modo de agir, sempre é uma nova surpresa.
Foi ele que salvou a pele do Daniel Dantas, quando todos tinham a certeza que desta vez o banqueiro estaria guardado por algum tempo. Mas Daniel, mais rápido que o raio, foi solto por uma simples assinatura do Gilmar Mendes. Mas ele pode, ele é o ministro chefe do Supremo e pode dar as cartas.
Foi ele que abriu o caminho da liberdade de outros tantos que foram guardados pela Polícia Federal, depois de uma luta enorme, cercando, escutando, com horas e horas de trabalho. Mas umas simples assinaturas, todos foram para as ruas e rindo dos policiais, voltaram para a boa vida.
Foi ele também que defendeu as candidaturas de “fichas-sujas”, que o povo já não esperava mais ver em horário político. Mas é ele também que diz que não deve temer “os vereditos imediatos da opinião pública”.
E agora, é ele, o Gilmar, que admite possibilidade de restrição à liberdade de imprensa. E ele, o presidente do Supremo que fala que a Corte não deve deixar que a opinião pública interfira em suas decisões. Ele diz que muitas vezes a aplicação dos direitos fundamentais se dá contra a opinião majoritária, se dá contra a opinião pública.
Esse é o Gilmar Mendes, o presidente do Supremo Tribunal Federal, que se coloca sempre em defesa de banqueiros, se coloca em defesa de “fichas-sujas”, defende bandidos travestidos de “gente de bem”, mas que está sempre contra a opinião publica. Este é o motivo maior para que ele, Gilmar Mendes, queira calar a imprensa, queira colocar mordaça naqueles que podem falar contra os absurdos que são feitos em nome da Justiça.
Quer saber? “Para o mundo que eu quero descer!”.
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