quinta-feira, 14 de agosto de 2008



BRASIL

Ele se protegeu na CPI para atacar PF



Dantas junto ao seu advogado na CPI, só atacou



BRASÍLIA – Primeiro tratou de assegurar no STF o direito de ficar calado, para depois abrir o verbo na CPI dos Grampos. Esta foi a tática do duble de bandido e banqueiro, Daniel Dantas. Ontem, ele atacou os responsáveis pela Operação Satiagraha, da Polícia Federal, e procurou envolver o governo. Foram alvos de Dantas em seu depoimento o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, o ex-diretor da PF Paulo Lacerda e a empresa de gerenciamento de riscos Kroll.

O depoimento durou quase seis horas. Segundo o presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), a audiência deixou claro que não existem “mocinhos” nos negócios do setor de telefonia. Ele não descartou a possibilidade de haver uma acareação entre Daniel Dantas e o delegado Protógenes Queiroz.

Preso na Operação Satiagraha, comandada por Protógenes Queiroz, e imediatamente solto pelo “poderoso” Gilmar Mendes, Dantas afirmou em seu depoimento, que o delegado teria lhe dito que a PF iria investigar “até o fim” a venda da Brasil Telecom para a Oi (Telemar), e que se fosse necessário chegaria até o filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2004, a Oi investiu 5 milhões de reais na Gamecorp, uma empresa de jogos para celular e TV, da qual um dos sócios era Fabio Luis Lula da Silva, filho do presidente. A operadora confirmou o investimento, que disse ser de interesse comercial, mas o movimento foi visto como suspeito pela participação de fundos de pensão de estatais e do BNDES entre os sócios da empresa telefônica.

Nenhum comentário: