Prender para que? O Supremo vai soltar mesmo
Gerson Tavares
Gilmar Mendes fez escola e desta vez quem mandou soltar foi o Celso de Mello. Ele concedeu liminar suspendendo a prisão de oito “safardanas” que estavam guardados desde 15 de julho. Nessa turma, saíram Gilson Cantarino, secretário de Saúde da Rosinha, o Marco Antônio Lucidi, secretário do Trabalho da mesma senhora, a prima de Antony Matheus, a subsecretária Alcione Athayde. Eles foram beneficiados pelo hábeas corpus concedido ao também subsecretário Itamar Guerreiro.
Eles dançaram na operação Pecado Capital e estavam residindo no condomínio “Bangu oito”. Como o caso chegou ao Supremo, agora eles estão bem mais tranqüilos porque somente o ministério público federal poderá recorrer.
Mas o que mais “grila” nisso tudo é o fato que quando a defesa de Alcione tentou soltar a sua cliente, o processo foi distribuído à ministra Ellen Gracie e ela achou por bem nem analisá-lo, justificando que o STF ainda não havia julgado em definitivo todos os hábeas corpus. Foi aí, que dias depois, a defesa de Guerreiro impetrou pedido de liberdade no supremo e a mesma ministra, voltou a se recusar a analisar o caso. Mas como tudo sempre tem um jeitinho, o processo seguiu para livre distribuição e foi parar nas mãos de Celso de Mello.
Bingo! Na sexta-feira passada ele deferiu o pedido feito pelos defensores de Guerreiro e abriu jurisprudência para os demais acusados.
É tudo como aquele velho ditado: onde passa um boi, passa uma boiada.
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