quinta-feira, 18 de setembro de 2008

É hora de entrar no “currículo” para formação do cidadão, “conhecimento da realidade brasileira”



Gerson Tavares

“Conhecimento da realidade do país”. Esta seria a matéria mais importante do curriculo escolar para conseguirmos ter um país mais sério. Na terça–feira passada falei sobre o ainda presidente em exercício do TER-RJ, desembargador Alberto Motta Moraes, quando ele falou sobre o estado em que se encontravam as comunidades cariocas que vivem sobre o jugo dos traficantes e das milícias. “Apavorante” foi a palavra usada pelo desembargador, para explicar melhor as ações dos marginais que estão ocupando o lugar do pessoal dos governos, municipal, estadual e federal. As comunidades foram abandonadas pelas autoridades e os bandidos assumiram o lugar.

Mas agora, como novo presidente do TER-RJ, Motta Moraes volta a falar sobre a situação das pessoas das comunidades. Ele se diz chocado com o estado de pavor e coação que encontrou em favelas de conheceu. Ao comentar sobre a experiência que viveu durante à tarde do domingo, o desembargador disse que conheceu “um campo de concentração em arame farpado”. Ele disse que esteve em locais de características completamente diferentes. Que eram pessoas muito apavoradas. Demonstravam que eram pessoas acostumadas a ver a morte, mas elas pareciam apáticas e profundamente coagidas.

Sei que como juiz representante do TRE, ele ali estava para encontrar solução para as eleições e foi categórico ao falar da necessidade de tropa das Forças Armadas, inclusive para o segundo turno. Fez o seu papel em relação a sua função, mas fez mais, chamando a atenção das autoridades que têm a obrigação de resolver os problemas.

Mas esses “senhores”, que teriam essa responsabilidade, estão muito mais preocupados como negociar acordos, onde fazer negociatas, que porque, eles não sabem por quanto tempo estarão na “mamata”.

Gostaria muito que os governantes acordassem depois desse puxão de orelhas coletivo que o desembargador Motta Moraes deu, mas infelizmente, quando alguém cobra os deveres dessa “corja”, ela se faz de morta. Esta é a verdade da “vergonha” que assola esse país, tão generoso e tão espoliado.

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