Estará Tarso Genro preocupado?
BRASÍLIA – Tarso Genro, ministro da Justiça, disse ontem, que a Polícia Federal está trabalhando com três hipóteses sobre quem fez a escuta ilegal do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. A primeira possibilidade ele deu o nome de terceirização: “uma articulação política de alguém de dentro de alguma instituição que tenha contratado alguém de origem privada para fazer o grampo”. A segunda é de que alguém da própria Agência Brasileira de Inteligência (Abin) tenha desviado sua conduta de forma irregular e processado esta escuta. E a terceira é de que alguém da agência tenha feito algum contato para fora mediante coação, chantagem para criar alguma crise com alguém ou alguma instituição.
Mas como sempre é necessário confundir mais um pouco, Tarso também afirmou que se faz necessário fazer uma perícia sobre o equipamento usado para o grampo para ver se foi comprado para esse fim ou se foi adaptado por alguém de forma ilegal para fazer escuta clandestina. E para colocar mais fogo, o ministro lembrou também que a Abin é originária do antigo Serviço Nacional de Informação (SNI). “Sofreu reforma jurídica, institucional, legal, mas essa transição é lenta”, afirmou Tarso com aquela pitada de maldade. Questionado se a Abin carrega um ranço do SNI, Tarso respondeu com a pimenta que faltava: “se confirmar o grampo, é bem provável”.
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