terça-feira, 5 de agosto de 2008


Minha ficha me orgulha



Tarso Genro contesta ato de militares
sobre punição na ditadura



SÃO PAULO - O ministro da Justiça, Tarso Genro, reagiu ao anúncio de que oficiais da reserva patrocinarão uma espécie de anti-seminário no Clube Militar do Rio de Janeiro, na próxima quinta, no qual devem exibir uma série de slides com fotos e uma biografia resumida de ministros de Estado e petistas ilustres, em resposta à audiência pública convocada pelo ministro na semana passada para discutir a punição de “agentes do estado” que tenham praticado tortura, assassinatos e violações de direitos humanos durante o regime militar. “A minha ficha me orgulha”, declarou Tarso, cuja ficha deverá ser a quinta a ser mostrada no evento.

Os militares da reserva “têm o direito de fazer a manifestação que quiserem”, disse o ministro, acrescentando que apenas levantou uma “questão jurídica”. “Em nenhuma legislação, em nenhum tratado internacional, nenhuma convenção internacional, em nenhum país democrático, tortura é considerado crime político. Foi só isso que eu coloquei”, afirmou Tarso, após participar do debate “O Brasil e o Estado de Direito”, realizado ontem, no auditório do Grupo Estado.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tudo que é unilateral é crime. Por tanto, se o Tarso acha que os militares praticaram crime na revolução, que não passou de um golpe militar, agora ele, Traso, que que sejam praticados outros crimes, punindo só um lado.

Carla Lucas
São Conrado - RJ