Governos estão em segundo plano
Gerson Tavares
Já falei algumas vezes, mas não vou calar enquanto essas coisas estiverem acontecendo. Os bandidos estão mandando e quando antigamente falavam que eles faziam um governo paralelo, hoje já estão na frente dos governos constituídos. Por tudo que se escuta, o trafico está investindo mais nos jovens que os governos, que assim, estão perdendo terreno e moral.
Já há algum tempo os chefes do trafico estão gastando dinheiro para formar o seu exército. Eles já estão pagando salário extra para que os seus “soldados” façam cursos tanto no exército como na marinha brasileiros. Depois esses bem treinados “soldados”, dão cursos para os bandidos nos morros e nas matas da cidade.
Estas informações estão em relatório da Abin, que é Agência Brasileira de Inteligência e foi obtida também pelos analistas da Coordenação de Segurança e Inteligência, do Departamento Geral de Ações Socioeducativas. Este documento foi elaborado com base em dados dos setores de inteligência das polícias Civil e militar do Rio de Janeiro. Esses setores constataram essa prática em vários combates que aconteceram na Rocinha, no Vidigal, no morro Chapéu Mangueira e no da Babilônia, no Leme. As facções estão usando um treinamento na Zona Sul, que tem como principais redutos as favelas Pavão-Pavãozinho em Copacabana e em Ipanema no morro do Cantagalo. Já é de conhecimento das autoridades que os instrutores são jovens das comunidades que passaram pelas Forças Armadas ou ainda estão prestando serviço militar e aproveitando para se especializarem em guerrilha.
Pára-quedistas e fuzileiros navais são os mais procurados pelos bandidos para, com um salário que o governo nem pensa em pagar, passem todos os conhecimentos que recebem nos quartéis, para os seus alunos nas matas dos morros da cidade. Enquanto isso, o governo fica “olhando a banda passar” e o povo, “que se dane!”.
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