Saúde e revolução
Gerson Tavares
“Saúde e Revolução: Cuba” é o titulo de um livro que é uma antologia de vários escritores cubanos. Vi este livro nas mãos de uma menina de aproximadamente uns 12 ou 13 anos e ela parecia interessada em seu conteúdo. Só em ver o título já dá para entender o seu conteúdo, uma doutrina sobre como a saúde é encarada pelo governo da ilha do Caribe.
Mas o que mais me chamou a atenção foi ver aquela garotinha abraçada àquele livro como se ali estivesse a salvação da saúde do povo brasileiro. Foi mais ou menos o que deu para entender o que ela tentou explicar, quando perguntada se estava gostando do livro e ela disse que assim deve ser a saúde do povo.
Já de muito que nós sabemos que o governo cubano é voltado à Saúde e Educação. O estudo é realmente garantido para todos os cidadãos, desde os primeiros anos de escola até a universidade, tudo gratuitamente, livros, hospedagem, alimentação etc. O mesmo acontece com a saúde, pois ela é estatal e procura desenvolver a medicina sanitária. O sistema de atenção primária é a base por meio da prevenção de patologias ou suas complicações. Ali, o papel de informador e orientador do médico é exercido com plena dedicação.
Lá existe o médico de família que vive onde trabalha. Ele dá atendimento exclusivo 24 horas e é responsável direto pelas pessoas por ele assistidas. Ele tem uma preparação acadêmica adequada com noções de clínica geral, pediatria, cirurgia, ginecologia, medicina sanitária e outras.
E foi aí que a menininha passou há pensar um pouco mais na saúde do brasileiro. E pensou logo de como fazer uma revolução pela saúde e pela educação. E me perguntou: “Será que aqui no Brasil a gente consegue fazer uma revolução para dar Educação e Saúde ao povo”?
Esta aí uma pergunta que precisa de uma resposta urgente. Olhando a Educação do Fernando Haddad e a Saúde do Alexandre Padilha não posso dar uma resposta que seja do agrado daquela mocinha que se entusiasma com uma revolução que leva Saúde e Educação para o povo. E para piorar, estamos também sem Segurança, sem um Governo ético, sem uma Justiça justa.
Eu fiquei sem resposta naquele momento, mas senti que se tivéssemos homens sérios na política, na Justiça, nas Forças Armadas, até que os jovens, como aquela garotinha brasileira, estariam prontos para apoiar.
É hora de acabar com essa vergonha que se instalou no país.

4 comentários:
Mas fazer revolução no Brasil, com que homens? Hoje nem nas Forças Armadas encontramos mais homens com 'culhão' para fazer revolução.
Se for para dar golpe, conte com esses que aí estão dando um golpe por dia. Eles são mestres em golpes.
Godofredo Campos
Diadema
Esperar que a Saúde no Brasil chegue aos pés da de Cuba é utopia.
Enquanto não tivermos homens sérios no governo e na Justiça, nada podemos esperar de Saúde, Educação e Segurança, o tripé que pode salvar o Brasil.
Gumercindo Venâncio
São Paulo
Pensar que a Saúde do Brasil está tão jogada às barats com tantos bons profissionais por aí. Mas o que fazer num país que não tem homens nem na política nem na Justiça.
Pobre povo brasileiro que só sonha. Já é hora de ir à luta.
Fatíma Sales
Brasília
A saúde como tantas outras coisas que o povo precisa está sempre em segundo plano. O político só quer saber do povo na hora do voto, depois volta-lhe as costas e vai atrás de "grana fácil".
Mas como nem com a Justiça brasileira podemos contar, já é hora de ir às ruas. Só que desta vez, esquecendo esses pólíticos que fingem ser cidadãos e no final só muda o ladrão, o cofre asaltado é sempre o mesmo.
Jurandir Reis
São Paulo
Postar um comentário