terça-feira, 16 de setembro de 2008

Bandidos, sejam traficantes ou milicianos,
abusam das autoridades


Gerson Tavares



Ainda presidente em exercício do Tribunal Regional Eleitoral, o juiz Alberto Motta Moraes deu em uma única palavra, a mostra do estado que as pessoas estão vivendo em regiões dominadas pelos bandidos, sejam eles traficantes ou milicianos. Motta Moraes classificou como “apavorante” a ação desses marginais que ocupam o lugar dos governantes nas comunidades. Motta Moraes disse que vai pedir ao Tribunal Superior Eleitoral a manutenção das Forças Armadas no Rio até após o segundo turno das eleições.

Logo que chegaram à cidade, as tropas ocuparam as comunidades de Rio das Pedras, Cidade de Deus, Gardênia Azul e Maré. Ao saírem para ocuparem outras comunidades, com a desocupação dos militares, os bandidos voltaram e a maior prova disso foi logo a colocação de cartazes de candidatos envolvidos com as milícias.

Este é o caso do candidato do PMN, Cristiano Girão, sargento do Corpo de Bombeiros e que já foi ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito das Milícias da Assembléia Legislativa do Rio.

Mas a coisa não acaba por aí. Segundo o juiz Motta Moraes, um comboio de motocicletas, pilotadas por homens armados de pistola, passou pelos fiscais do TER que tiravam placas de propaganda eleitoral ilegal na Estrada do Taquaral, altura da Coréia, em Senador Câmara. Disse a autoridade, que a audácia dos bandidos diante das tropas, chegou a assustá-lo.

Muitas coisas mais foram ditas pelo Juiz Motta Moraes, mas eu me pego só nessas, para dizer que o povo está clamando não que as Forças Armadas fiquem por aqui até o segundo turno, mas sim, até que os governantes tomem “vergonha na cara” e assumam o Estado do Rio. Enquanto o Lula está preocupado com Bolívia, o Rio de Janeiro passa pela pior e maior calamidade, com a falta de Segurança. Os direitos do cidadão de “ir e vir” foram usurpados já faz muito tempo e só às autoridades não vêm.

Por isso, estamos apelando ao Lula, ao Sergio Cabral, ao Nelson Jobim e ao Tarso Genro. Senhores, por favor, acordem. O povo merece respeito. É hora de passar a governar em defesa de uma população que não pode viver só de “bolsa família”.

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