quarta-feira, 13 de agosto de 2008



Cassado o mandato do deputado Álvaro Lins


Agora, sem mordomias, Álvaro Lins vai responder pelos crimes

RIO – Ontem não deu para o Álvaro Lins escapar. A Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro cassou o mandato do deputado Álvaro Lins (PMDB) por 36 votos favoráveis e 24 contrários. A votação foi secreta. O deputado é acusado na Justiça Federal de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis quando era chefe da Polícia Civil do Estado, de 2000 a 2006, nos governos de Anthony Garotinho e Rosinha Matheus, todos do PMDB.

Denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) sob as acusações de formação de quadrilha armada, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e facilitação de contrabando, Álvaro Lins foi preso no fim de maio durante a operação Segurança Pública S/A, da Polícia Federal (PF). Na ocasião, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa de Garotinho, acusado de ter dado sustentação política à “organização criminosa” supostamente comandada por Álvaro. A prisão, porém, durou pouco, pois ele foi solto no dia seguinte, por decisão de colegas da assembléia, por 40 votos a 15, que a consideraram, na época, “ilegal”.

Daqueles 40, desta vez só sobraram “24”, um numero bem menor, mas sugestivo.

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