Mas como estamos numa hora de relaxar, o carnaval se faz presente, vamos falar um pouco da “festa”.
O CARNAVAL E SUAS HISTÓRIAS
Dez mil anos antes de Cristo, homens, mulheres e crianças se reuniam no verão com os rostos mascarados e os corpos pintados para espantar os demônios da má colheita. As origens do carnaval têm sido buscadas nas mais antigas celebrações da humanidade, tais como as Festas Egípcias que homenageavam a deusa Isis e ao Touro Apis. Os gregos festejavam com grandiosidade nas Festas Lupercais e Saturnais a celebração da volta da primavera, que simbolizava o Renascer da Natureza. Mas
num ponto todos concordavam, as grandes festas, como o carnaval, estão associadas a fenômenos astronômicos e a ciclos naturais. O carnaval se caracteriza por festas, divertimentos públicos, bailes de máscaras e manifestações folclóricas. Na Europa, os mais famosos carnavais foram ou são: os de Paris, Veneza, Munique e Roma, seguidos de Nápoles, Florença e Nice.
O carnaval reveste-se de características próprias segundo o lugar em que ocorre. Distingue-se, entre si, os carnavais de Nice, Veneza, Roma, Florença, Nova Orleans e Brasil.Diferencia-se, inclusive, no Brasil: no Rio de Janeiro, hoje, os eventos mais importantes do carnaval, depois dos bailes de salão são os desfiles das Escolas de Samba. Em Salvador, predomina o carnaval d
e rua, ao som de trios elétricos, blocos e afoxés. Em Pernambuco, sobretudo em Olinda e Recife, são mais marcados os blocos de frevo e maracatu. E nunca podemos esquecer do “Galo da Madrugada”, que arrasta milhares de foliões no centro da capital do Recife, Pernambuco, Brasil.
Considera-se o carnaval uma reminiscência das festas dionisíacas da Grécia antiga, das bacanais, saturnais e lupercais romanas, todas de caráter orgiástico. São apontados também ligações com as festas dos doidos e das danças macabras medievais, sendo provável que todas essas formas de divertimento tenham-se transformado, tempos afora, nos bailes de máscaras do Renascimento e nos carnavais dos tempos modernos.

No Brasil, em seu início, o carnaval foi chamado de Entrudo por influência dos portugueses da Ilha da Madeira, Açores e Cabo Verde, que trouxeram a brincadeira de loucas correrias, mela-mela de farinha, água com limão, no ano de 1723, surgindo depois das batalhas de confetes e serpentinas.
Entrudo era a época de pôr o mundo ao contrário, de pernas para o ar. É a altura em que se podia provocar sem conseqüências imediatas, sem as censuras normais. Homens provocavam mulheres, fazendo uma farsa dos seus segredos, as mulheres, mais dançarinas, provocavam, imitavam, descontraiam.
Assim deveria ser o Entrudo. Entrudo/Carnaval nada tinha a ver com crianças em desfile, alinhadas conforme o gosto dos adultos. Entrudo era desalinha
mento, era imaginação, era provocação.
No Brasil, o carnaval sempre foi festejado tradicionalmente no sábado, domingo, segunda e terça-feira anteriores aos quarentas dias que vão da quarta-feira de cinzas ao domingo de Páscoa. Na Bahia, é comemorado também na quinta-feira da terceira semana da Quaresma, mudando de nome para Micareta. Esta festa deu origem a várias outras em estados do Nordeste, todas com características baianas, com a presença indispensável dos Trios Elétricos e são realizadas no decorrer do ano; em Fortaleza realiza-se o Fortal; em Natal, o Carnatal; em João Pessoa, a Micaroa; em Campina Grande, a Micarande; em Maceió, o Carnaval Fest; em Caruaru, o Micarú; no Recife, o Recifolia, já extinto.
O carnaval é considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. Tem sua origem no entrudo português, onde, no passado, as pessoas jogavam uma nas outras, água, ovos e farinha. O entrudo acontecia num período anterior a quaresma e, portanto, tinha um significado ligado à liberdade. Este sentido permanece até os dias de hoje no Carnaval.
Em países como Itália e França, o carnaval ocorria em formas de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras e fantasias.

Personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem européia.

No Brasil, no final do século XIX, começam a aparecer os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos "corsos". Estes últimos tornaram-se mais populares no começo dos séculos XX. As pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Está ai a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de samba atuais. 
No século XX, o carnaval foi crescendo, Zé Pereira tomando conta da folia e tornando-se cada vez mais uma festa popular. Esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas. As músicas deixavam o carnaval cada vez mais animado. 
A primeira Escola de Samba surgiu no Rio de Janeiro e chamava-se Deixa Falar. Ela foi criada pelo sambista carioca chamado Ismael Silva. Anos mais tarde a Deixa Falar transformou-se na Escola de Samba Estácio de Sá. A partir dai o carnaval de rua começa a ganhar um novo formato. Começam a surgir novas Escolas de Samba no Rio de Janeiro e em São Paulo. Organizadas em Ligas de Escolas de Samba, começam os primeiros campeonatos e hoje se transformaram no maior espetáculo a céu aberto do mundo. 
Mas o carnaval de rua manteve suas tradições originais na região Nordeste do Brasil. Em cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem as ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do maracatu.
Os desfiles de bonecos gigantes, em Recife, são uma das principais atrações desta cidade durante o carnaval.

Na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região. Na cidade destacam-se também os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.
E hoje o carnaval já dura dez dias. Na sexta-feira antes do carnaval já estamos entregues ao rei Momo e só na manhã do domingo, após o carnaval, o brasileiro tira a fantasia. Por tudo isso, eu que também gosto da folia, vou me despedindo: Até segunda-feira, dia 2 de março.
Até o mês que vem e, curta com responsabilidade uma "Boa Folia"!