Gerson Tavares
Pode parecer mentira, mas o desrespeito aos eleitores é uma norma. Em qualquer parte do país, de norte a sul, os políticos são os mesmos. E para piorar, os magistrados, em uma grande maioria, fazem parte do “time”.
Mas aí comecei a procurar uma razão maior para que o Amazonino nomeasse a moça e qual não foi a minha surpresa quando descobri que a Martha é filha do presidente do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Amazonas, Ari Moutinho, cujos juízes decidirão sobre um recurso que tenta impedir a cassação do prefeito.
Aí alguém falou que o pai da Martha, o desembargador Ari Moutinho não vota, pois ele é o presidente do tribunal. Mas não podemos esquecer que será ele que julgará todo e qualquer recurso se houver empate entre os outros seis juízes do tribunal. Ele é o chamado “voto de minerva”.
Como o Amazonino, teve o registro cassado em primeira instância em razão de uma acusação de compra de votos durante as eleições do ano passado, só conseguindo ser diplomado e tomar posse depois que o TRE deferiu um pedido liminar que obrigava a apreciação de recursos interpostos pela defesa do prefeito depois da sentença.
Pelo visto, Amazonino e Ari já se envolvem em “negócios” há algum tempo. Durante o processo, mais ou menos uma semana antes da diplomação em dezembro, a Promotoria Eleitoral de Manaus entrou com um pedido de suspeição do Ari, pedindo o afastamento do juiz do caso. O argumento à época era que outro filho do presidente do tribunal, Ari Moutinho Filho, era suplente na Câmara dos Deputados do vice de Amazonino, Carlos Souza, então deputado federal.
E o pior é que tem gente que ainda acredita nessa “raça”.
Um comentário:
Quano todos pensam que eles já cansaram de fazer das suas, eis que olha eles de volta.
Bem feito. Quem mandou votar?
Edileide Campos
Belém - Pará
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