quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

PIB zero




Gerson Tavares


O terceiro trimestre do ano deixou o governo com a pulga “atrás da orelha”, mas a ordem é não alertar o povo e por isso o ministro da Fazenda, Guido Mantega, diz que a "desaceleração" da economia brasileira no terceiro trimestre é uma coisa "passageira". Aliás, como diz o “Zé Preá”, para o governo petista, só não é passageiro o motorista do ônibus.

Mas voltemos ao Mantega já que segundo ele, foram as medidas tomadas no início de 2011 pelo governo para conter a inflação, como o aumento do compulsório e da taxa básica de juros, assim como a crise internacional, que contribuíram para o resultado do PIB. Ele diz então que este “zero” foi premeditado.

Mas pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a economia brasileira ficou estável no terceiro trimestre, fato que gerou o crescimento zero em comparação com os três meses anteriores, mas no segundo trimestre, em relação ao primeiro, a economia havia registrado crescimento de 0,7%. Então se chega à conclusão que tudo foi montado após o crescimento. Será que existe algum motivo para só neste trimestre chegarmos ao “zero”?

Mas Mantega deve ter no bolso do colete a solução, tanto é que ele já falou que no quarto trimestre, a economia já estará acelerando porque uma parte das medidas que eles tomaram já estão sendo revertidas. Então por que não foram revertidas do terceiro trimestre?

Mas, por vias das dúvidas, o ministro da Fazenda já admite que o crescimento da economia brasileira não deverá atingir a previsão oficial do governo brasileiro de 3,8%, que foi divulgada recentemente. Segundo ele, a taxa de expansão, de 2011, deve ficar próxima de 3,2%, a mesma variação registrada de janeiro a setembro deste ano.

Assim sendo, Mantega já fala que o crescimento do ano que vem, que até agora estava previsto em 5%, também deverá ficar menor, na casa dos 4%.

Quer saber? Quando Mantega fala, o ideal é fazer ouvido de mercador. Não escute para que depois não venha a se decepcionar.

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