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No Piauí, aeroporto de R$ 20 milhões já gastou R$ 25 milhões e não existe

Aeronave estacionada em pista de aeroporto em obras

No Piauí, meio da caatinga, é lá que está localizada a cidade de São Raimundo Nonato. E lá também deveria estar sendo construído um confortável aeroporto para receber estudantes, turistas e os curiosos que quiserem conhecer o passado do primeiro homem a habitar as Américas. Com pista de 2,5 mil metros, a 503 quilômetros de Teresina, ele “será” o aeroporto do futuro do Piauí.

O confortável terminal, mescla a arquitetura futurista com um símbolo do passado, que visto por cima mostra o desenho de uma capivara prenhe, a primeira mostra dos tesouros arqueológicos do Parque Nacional da Serra da Capivara.

Mas depois de gastos R$ 25 milhões, , no entanto, em vez do terminal em forma da capivara que espera um filhote, quem chega ao aeroporto vê uma carcaça de ferros retorcidos, concreto aos pedaços, tijolos amontoados, tocos de madeira e pregos enferrujados.

Isso porque as verbas públicas para a construção do Aeroporto Serra da Capivara, que a princípio seria construído com R$ 20 milhões e que foi aumentado, num passe de mágica, de mais R$ 5 milhões, tomaram outros rumos e que tantos foram os seus destinos que nada sobrou para o aeroporto. E pelo que ouvi falar, o dinheiro “sumiu”.

Mas no Piauí sumir é ciosa normal, tanto é que também sumiu o dinheiro para a edificação de nove quiosques na cidade vizinha de Coronel José Dias, a 30 quilômetros dali.

Mas o enredo em São Raimundo Nonato tem o perfil das irregularidades detectadas pelas auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU) e investigações da Polícia Federal nas verbas do Turismo. Dinheiro do orçamento público que começa a ser liberado no fim de um governo, vai pingando com critério eleitoral, empreiteira de político é contratada e fator zero de comprometimento administrativo com o projeto de incentivar o turismo, são coisas naturais da cidade.

“Tudo isso quer dizer, Brasil!”