Gerson Tavares
O governo federal quer aprovar até o final de setembro a criação da Comissão Nacional da Verdade. Até parece que é possível falar em verdade com esse governo, que até “faxina” que faz, é de mentirinha.
Mas Dilma botou a “camarilha” do Planalto correndo atrás para mobilizar todas as suas forças para conseguir aprovar o projeto de lei que cria a “verdade deles”. O esforço é capitaneado pelo ministro da Defesa, “general da banda esquerda”, Celso Amorim. Nos últimos dias ele vem fazendo várias ligações até para os líderes dos partidos de oposição na Câmara, pedindo apoio à proposta.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, já está em campo por algum tempo, mas parece que não está agradando muito. Ex-deputado, com trânsito fácil no meio parlamentar, ele já se reuniu com os líderes do PSDB, DEM, PPS e PV, mas se rendeu algum fruto, não satisfez a turma do Planalto.
A presidente Dilma Rousseff na sexta-feira, na abertura do Congresso do PT, prometeu à militância que a comissão será instalada e também mobilizou a ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, para o trabalho de vencer resistências à proposta. Dilma sabe que pode contar com a ajuda do José Dirceu, afinal, ninguém melhor que ele para forçar a turma a ficar do lado da Dilma, nem que seja na "porrada".
A intenção é aprovar o projeto por meio de um “acordo” entre líderes partidários, em caráter de urgência. A votação ocorreria numa sessão extraordinária, convocada especialmente para isso, depois naturalmente, dos “acordos”.
Naquele “papo” com a oposição, a grande preocupação dos três ministros é colocar que a comissão não terá caráter revanchista, nem abrirá debates sobre uma possível revisão da Lei da Anistia.
O governo já deu sinal que o assunto se encerrou no ano passado, quando o Supremo Tribunal Federal negou à Ordem dos Advogados do Brasil o pedido para que policiais e militares acusados de violações de direitos humanos nos anos da ditadura fossem excluídos da anistia. Na avaliação da corte, eles também foram beneficiados pela lei de 1979.
E como o assessor do Ministério da Defesa, José Genoino, entende muito do riscado, se pronunciou para falar da verdade: "A comissão terá apenas preocupações históricas, de esclarecimento de fatos ocorridos naquele período. Não existem preocupações revanchistas nem punitivas".
Ele sabe porque está falando isso. Afinal, "quem tem, tem medo".
2 comentários:
Na verdade eu queria que o governo aprovasse a moralização dos orgãos públicos. Na verdade eu gostaria que o governo resolvesse a situação da Saúde, da Educação, da Segurança. Na verdade eu queria que a Justiça colocasse na cadeia essas quedrilhas que roubam os cofres do país e ainda ficam rindo da cara do povo.
Na verdade, queria que este governo fosse de verdade.
Hidelbrando Marques
São Paulo
Mas que verdade que nada. Essa turma de esquerda quer é fazer onda e verdade para eles é sempre uma mentira para todos os outros.
Como falar em verdade, se nem para governar eles usam de verdade?
São todos iguais, não fazem nada de bom e ainda tiram onda.
Valter Valadares
Florianópolis
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