Gerson Tavares
Na terça-feira foi autorizado pelos governos do Rio de Janeiro e do Paraná, os pagamento de indenizações a sessenta pessoas que foram presas em dependências dos Estados por motivações políticas, durante a ditadura militar.
E assim, com o Rio entrando na era da “bolsa-ditadura”, o governador Sérgio Cabral assinou um decreto de retomada do pagamento de indenizações de R$ 20 mil aos ex-presos políticos que foram detidos no período. Mas das 620 pessoas que aguardavam o “agrado”, só quinze foram agraciadas.
A Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos falou que o pagamento da indenização acontece por ordem de entrada de cada processo e a reparação será feita às pessoas acusadas de participação de atividades políticas entre os dias 1 de abril de 1964 e 15 de agosto de 1979, conforme a Lei 3.744/2001.
Sérgio Cabral disse que está muito feliz de retomar esse processo que é a reparação do estado de direito democrático. Falou ainda que não estava prometendo um quantitativo porque seria uma irresponsabilidade, mas que todos ficassem certos que ainda iriam se ver muitas vezes no palácio, mesmo que seja de quinze em quinze ou de vinte em vinte.
Pelo visto, Sérgio Cabral sabe que será candidato a reeleição e tem certeza de ser mais uma vez governador. Assim, mesmo que sejam de vinte em vinte os “agraciados”, ele terá tempo para pagar essa grana.
A secretaria informou que a retomada das reparações a ex-presos faz parte das ações prioritárias a serem colocadas em prática até o final do ano e que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, teve a indenização aprovada na última sessão da comissão estadual, mas ainda não receberá o pagamento porque seu processo está entre os últimos.
Pelo menos que seja assim. Como ela já está comendo por conta do povo, que a “bolsa-ditadura” só saia depois, quando não mais tiver outra retirada dos cofres públicos.
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