Partido de Kassab já nasce morto

Kassab é o único “vivo”

Ainda não nasceu, mas já está condenado à morte. Este o o novo partido do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, o PSD, que será investigado pelo Ministério Público por irregularidades no recolhimento de assinaturas para criação do partido.

Assim como muitos eleitores que já estão no outro mundo ainda votam, agora eles estão se filiando a partidos políticos. Até pode ser que não seja a “partidos”, mas a um "quase" partido já está quase certo que sim.

Em Santa Catarina, um chefe de cartório encontrou nomes de quatro eleitores que já passaram dessa para uma melhor e que colocaram suas assinaturas nas fichas do partido do Kassab. E como tudo parecia ser fácil, além dos falecidos, os técnicos do cartório descobriram pessoas “muito vivas” que assinaram duas vezes.

A Procuradoria Regional Eleitoral já está investigando o caso e a pedido da juíza Maria Luíza Fabris, o Cartório da 49.ª Zona Eleitoral fez um pente-fino numa lista de 230 assinaturas de três cidades para a criação do PSD. Do total, 140 delas não tiveram a veracidade confirmada. A pior situação foi a da cidade de São Lourenço do Oeste, onde apenas sete dos 130 eleitores foram certificados. Segundo o relatório, as "flagrantes irregularidades" encontradas configuram, em tese, "crime de falsidade ideológica eleitoral". A Procuradoria Regional Eleitoral de Santa Catarina analisa abertura de inquérito. Também a Justiça Eleitoral pediu à Polícia Federal invetigações.

Mas se a lei fosse mais dura e se o Gilberto Kassab e todos aqueles que estão no comando da “nova firma” fossem responsabilizados pelas “falcatruas”, será que daqui para frente os outros “safardanas” não iriam parar de armar? Para começar, cassação já seria uma boa.