Gerson Tavares
De período em período o Brasil passa por momentos de instabilidade política. As mais recentes começaram em 1962, quando o país passou por uma instabilidade deflagrada pelo Janio Quadros em sua renúncia que nunca foi bem explicada. João Goulart assumiu o comando do país, mas dois anos depois acontecia uma grande baderna, quando todos os aproveitadores queriam tirar a sua “casquinha”. Um governo militar se instalou em 1964 e só em 1985 chegou ao fim com a eleição de Tancredo Neves para a Presidência, em eleição indireta.
Mas quis o “destino” que o “bom mineiro” não chegasse a assumir e com o seu falecimento tomou posse o vice, o maranhense José Sarney, uma triste lembrança para todos aqueles que querem o bem para o Brasil e que até hoje está aí fazendo das suas. Nada bom para o país, mas por quatro anos lá esteve fazendo suas “lambanças” até uma nova eleição, em 1989, esta sim direta, com o povo indo às urnas.
Eleito, assume a presidência o jovem Fernando Collor de Mello, aliás, como o anterior, também um governo de triste lembrança. Collor foi prefeito de Maceió de 1979 a 1982, deputado federal de 1982 a 1986 e governador de Alagoas de 1987 a 1989, quando criou a fama de “caçador de marajás”. E foi com esta fama que venceu a eleição e governou o país por dois anos e teve que sair do Palácio do Planalto pela porta dos fundos por todas as “loucuras” e desmandos que fez. E assim seguia o país numa das maiores crises que tenho notícias, que além de crise política era também crise econômica com o povo nunca sabendo como seria o dia de amanhã e também crise moral.
Mas o Brasil é um país abençoado por Deus e com a saída de Collor assumiu a Presidência da República o vice-presidente Itamar Franco, que governou entre 1992 e 1994, depois do impeachment do ex-presidente, o mesmo que, “por falta de vergonha do povo alagoano” é atualmente senador da República.
Itamar em sua simplicidade governou o país e aproveitou esses dois anos para implantar o Plano Real. Tendo como ministro da Fazenda o Fernando Henrique Cardoso, Itamar deu uma guinada na vida financeira do país, virada essa que está garantindo até hoje uma governabilidade tranquila mesmo agora, quando no governo temos gente sem noção de ética e que nada vê e nada escuta. Foi no governo Itamar Franco que, com a moeda estabilizada, acabou a inflação, coisa que hoje já não é tão verdadeira. Foi também Itamar que assinou a Lei dos Genéricos e a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), que abriu caminho para a criação de programas de transferência de renda.
Itamar Franco foi também governador de Minas Gerais, senador durante 16 anos, prefeito de Juiz de Fora por dois mandatos e embaixador do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA), em Portugal e na Itália.
Mas no sábado, com 81 anos o senador e ex-presidente da República Itamar Franco morreu em São Paulo. Itamar estava internado no Hospital Albert Einstein, na capital paulista, desde o dia 21 de maio para tratar de uma leucemia. Embora o ex-presidente tenha reagido bem ao tratamento da leucemia, desenvolveu uma pneumonia grave. Por conta disso, acabou sendo transferido para a Unidade de Terapia Intensiva, onde veio a falecer no sábado.
E assim, o povo brasileiro perdeu um dos mais expressivos políticos da atualidade. Quando temos milhares de “safardanas” e desajustados na política, quando temos um “Tiririca da vida”, que é o “garoto propaganda” do PP fazendo palhaçada no horário do partido na TV, quando temos Lula dizendo que ele faz e acontece, mas que governou oito anos assistindo seus aliados fazendo as maiores “falcatruas” e sempre falando que não “sabia de nada”, não é que o Homem lá de cima resolveu levar Itamar Franco?
3 comentários:
Sempre é bom lembrar que a grande crise financeira para o povo brasileiro, teve fim quando Itamar foi presidente.
Mas depois que o Lula assumiu, ele teve coragem de falar que tudo aconteceu após sua posse.
E como petista sempre se apossa das coisas boas, temos que aceitar essa bravata do Lula e toda a sua camarilha.
Norberto Linhares
São Bernardo
Será que precisava o Itamar ser o chamado? Será que Deus não podia mandar para o inferno alguns senadores que estão por aí?
O Sarney seria uma boa opção. E por que não falar em Collor, em Lindberg? Sei lá, mas entre tantos que estão dando sopa, até que esses poderiam faer um bom bloco com o capeta.
Cada dia que passa a política brasileira fica mais pobre.
Onde vamos chegar com esses políticos que nem Deus quer?
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