segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Rigor contra a corrupção



Gerson Tavares



Até parece verdade. Quantos escândalos nesses últimos cinco anos envolvendo político e dinheiro público, aconteceram e ninguém até agora tinha pensado de “rigor”. Só agora, quando um escândalo de “mensalão” não envolve petista, o Lula vem propor um “rigor anticorrupção”.

Gozado é que não faz muito tempo, um grande “mensalão” aconteceu e que só veio à baila quando um dos “quadrilheiros”, o Roberto Jefferson, talvez por se sentir lesado por alguém, botou a “boca no trombone”. Este escândalo acontecia pertinho do Lula, para ser mais preciso, na sala ao lado, onde o “chefe da quadrilha”, José Dirceu, manobrava a divisão da “grana”. Tenho um amigo, o “Zé Doidão”, que sempre fala que uma boa parte da grana parte ficava ali, “ao lado”.

Mas outros escândalos já aconteceram onde a “turma da boquinha” sempre apareceram como participantes, sendo muitos, como “chefes” e o Lula, nunca falou em “rigor”. Aliás, Lula sempre falou que “nada sabia” ou então que “nada viu ou ouviu”. Sempre se apresentou como um “alienado”.

Mas agora, quando ele está em campanha política para garantir sua permanência no Palácio, ele aproveitou o “mensalão” do DEM para dar uma de bom moço. Fala em “Rigor Anticorrupção” como se isso fosse uma realidade, mas não fala em acabar com o “Foro Privilegiado”. Fala em “rigor” até porque ele sabe que isso não vai dar em nada, porque afinal, o “rigor” acaba onde começa o “foro privilegiado”.

Para Lula, fraudador às vezes tem “cara de anjo”. Será que ele se olhou no espelho? Mas a coisa é tão seria, que as penas que hoje chegam a dois anos, com o “rigor” do Lula poderá chegar a quatro anos. Esta pena em casos de peculato, que é o uso do cargo para o servidor roubar ou deixar que roubem; Concussão que é extorsão praticada por servidor; Corrupção ativa que é a oferta de vantagem indevida ao servidor; E corrupção passiva, que nada mais é que o servidor cobrar para fazer “trambique”.

Em pelo menos um dos itens, o Lula já teria que ficar “guardado” por quatro anos. Ele deixa a turma do PT “roubar adoidado” e nada faz.

Mas voltando ao “Foro Privilegiado”, este sim poderia resolver em parte essa “roubalheira” que ai está, entranhada neste governo petista. Mas isso, eu duvido e digo mais, perco meu braço no torno se Lula, um dia, mandar ao Congresso a proposta de fim do “Foro Privilegiado”.

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