Gerson Tavares
O meu parceiro e amigo “Zé Doidão” não esperou a sexta-feira para um novo “papo”. E ontem ele me ligou e nos encontramos lá no bar do domingos, na Rua do Acre. Ele foi chegando, pedindo aquela cerva gelada e começou a falar um assunto que ele entende.
Zé é um dos maiores noveleiros que conheço. Como ele mesmo diz, ele queria ser novelista, mas ele desistiu de escrever e passou a assistir. E como ele leva a sério tudo que faz, resolveu fazer uma crítica ao texto da novela das 9 horas, “Viver Vida”, de Manoel Carlos. Ele que sempre elogia o “Maneco”, mas desta vez ele não se conforma com a “falha” do folhetim.
E o amigo “Zé Doidão” chamava a atenção de todos para uma realidade que não está “casando legal”, como ele mesmo diz. “O ‘Maneco’ sempre fala do bairro carioca Leblon e a personagem principal sempre se chama Helena. Manoel Carlos sempre faz um texto super atual e desta vez, em ‘Viver a Vida’ ele não foge a regra e atualíssimo está o texto, mas uma falha está me atormentando”, falou o Zé.
Pegou o copo da “loura gelada”, derrubou de uma vez e voltou a encher o copo. Todos à volta interessados em saber onde estava a falha do Manoel Carlos e o “Zé Doidão” calmamente olhou em volta, sentindo a curiosidade da turma e desferiu a pergunta: “E o apagão?... Não apaga nunca a luz no Leblon? Mas se é lá que mais está acontecendo blecaute, como o ‘Maneco’ nunca apaga a luz da casa da Helena?”
Depois de mais essa grande sacada do “Zé Doidão”, deixamos o tempo passar e ficamos ali na Rua do Acre matando a sede e refrescando do calor. O Domingos trouxe mais algumas “louras geladas” e nós, que já estávamos com o dia ganho, ficamos ali jogando conversa fora enquanto o blecaute chegue à casa da Helena.
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