terça-feira, 12 de maio de 2009

O Brasil não é um país sério



Gerson Tavares


Realmente este país, não é um país sério. Pelo menos é que quer demonstrar esse tal de Sérgio Moraes, que é deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Depois de tantas falcatruas que ele armou, passeando pelo código penal por várias vezes em cada artigo, o “safardana” teve a coragem de falar que entrará com um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) para permanecer relator do processo de cassação de seu colega, amigo e parceiros nas sacanagens, o Edmar Moreira, o do “castelo mineiro” e, que não por acaso, está sem partido, no Conselho de Ética da Câmara, caso seja afastado da relatoria.

Já falei aqui sobre as barbaridades que esse tal Moraes fez declarações dando a entender que não pretendia levar o caso de Edmar Moreira adiante e que estava se “lixando para a opinião pública”. Aliás, ele mostrou que eleitor para ele, é um simples detalhe.

“Dos outros 512 deputados, quem está sendo investigado? Todos nós sabemos que ele (no caso o Edmar Moreira) foi boi de piranha. O grande pecado foi à história das passagens”. Ao dizer isto, até que nas primeiras palavras, quando ele pergunta pelos outros, a coisa tem nexo, mas tentar o perdão para o parceiro, aí já é sacanagem da grossa. O escândalo das passagens das cotas aéreas dos deputados cedidas a parentes que fizeram turismo no exterior é só uma parte de tudo que acontece de errado e ele sabe disso.

Não podemos esquecer que o Edmar é o dono de um castelo de R$ 25 milhões em Minas Gerais, declarou gastos de R$ 246 mil entre 2007 e 2008 da verba indenizatória com suas próprias empresas de segurança. Foi “só por isso” que a cúpula da Câmara determinou em abril a abertura de processo no conselho.

Ao se sentir ameaçado de perder a relatoria, Moraes mostrou que sabe o que quer. “Eles que me substituam. Eu entro no tribunal e vou buscar meus direitos. Lá não é casa de moleque”, afirmou o “safardana”.

Mas se lá não é “casa de moleque”, o que será que ele está fazendo lá?

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