Pelo visto, trocaram seis por meia dúzia. Depois da renuncia de Eliot Spitzer ao governo do estado de Nova York, após o escândalo de envolvimento em uma rede de prostituição, agora é a vez do atual governador do estado de Nova York, David Paterson, reconhecer que traiu a mulher e por ela foi traído. Mas esse foi bem mais longe e em entrevista à emissora “NY1”, declarou que consumiu cocaína e maconha quando era jovem.
Ele, que assumiu o cargo há pouco mais de uma semana, assumiu também um dia após tomar posse, que “chifre trocado não dói”. Agora ele diz que usou maconha quando tinha 20 anos e que consumiu cocaína várias vezes quando tinha 23 ou 24 anos, mas garantiu que não voltou a experimentar drogas desde os anos 1970. Nesta declaração ele tem razão: experimentar é a primeira vez. Depois é só dar continuidade ao vício.
Mas o democrata Paterson, afro-americano e cego, um dia após assumir o Governo estadual em 17 de março, reuniu a imprensa para numa coletiva ao lado da esposa Michelle, confessar que em seu casamento, tanto ele como a mulher, já deram “muitos pulinhos” e que acham tudo isso, uma coisa muito normal. Disse ele, com a aquiescência de Michelle, que o casal teve problemas conjugais no passado e que os dois foram “grandes” infiéis. Ele e a esposa reconheceram que tiveram relações com várias pessoas, inclusive com uma funcionária do estado. Com essa declaração Paterson deixou bem claro que estava tentando ser aberto e transparente assim como o povo exige.
Depois de ouvir essa entrevista dos reis do “swing”, comecei a pensar. Qual a razão que leva alguém a confessar um fato que aconteceu num passado e que só diz respeito a ele e a esposa? Será que também foi só uma experiência ou eles são viciados também em chifres?
Quer saber? Neste negócio de trair, é igualzinho ao caso da droga: experiência é só a primeira vez. Depois da primeira, é vício mesmo. Continuar é só uma questão de gostar ou não.
Gerson Tavares
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