Poluição
nunca mais
Gerson
Tavares
Sou
um carioca que gosto muito da minha terra. Nasci em boa época lá na Ilha do
Governador, numa época em que não se via sujeira nas ruas, nas praças e muito
menos praias. Mas um dia o homem começou a ter consciência que o meio ambiente
precisava ser preservado e foi exatamente quando ele menos fez e até hoje,
menos faz pela natureza.
Então
as praias das ilhas e do entorno da Baía da Guanabara viraram verdadeiras lixeiras.
Os rios que deságuam lá no fundo da baia estão cada dia mais assoreados e já
não conseguem ter forças para trazer suas águas até ao mar. É tanta lama que
uma pessoa é capaz de atravessar a pé sobre o leito da foz dos rios.
Os
vazadouros do lixo do Grande Rio formaram montanhas sobre o manguezal do
entorno da baía e só agora as autoridades resolveram dar um basta nesse derrame
de lixo de toda espécie. Agora talvez já seja tarde de mais, mas na verdade não
custa tentar.
E
foi olhando os jornais desta semana que fui juntando tudo que acontece neste
Rio e até para desopilar o fígado, procurei levar para o lado jocoso os males
que os governantes nos impõem, transformando tudo em piada. E como este é o meu
lado humorístico, resolvi passar para vocês tudo que pensei ao ler os jornais.
Vendo
todo o drama dos passageiros das barcas que viajam todos os dias de Niterói ou
da Ilha do Governador para o centro do Rio, primeiro fiquei revoltado com o
descaso tanto do governador Sérgio Cabral como do prefeito do Rio de Janeiro,
que viram o secretário de Transportes do Estado, Júlio Lopes, falar como se o
aumento escandaloso do preço da passagem fosse uma coisa natural. Ele fala que
este aumento é para que o usuário das barcas tenha um transporte de primeiro
mundo.
Mas
as reportagens que mostraram um povo descontente com o preço das passagens
também procuraram mostrar o estado em que se encontram as barcas, com falta de
extintores de incêndio, com salva-vidas sem data de validade, banheiros sujos e
com a ferrugem tomando conta de tudo.Isso quando não quebram em meio ao trajeto. Uma verdadeira calamidade.
E
logo no dia seguinte vem no jornal falando em “baía mais limpa”. Diz ali que no
próximo dia 13, desculpem, mas esse dia 13 é um dia de azar mesmo, mas voltando
ao assunto, no dia 13 o governador Sérgio Cabral e o presidente do Banco
Interamericano de Desenvolvimento, Luiz Alberto Moreno, assinarão um convênio, onde o BID vai colocar R$ 800 milhões, no R$ 1,3 bilhão no programa de limpeza da Baia da
Guanabara.
Já
vi este filme há um tempo e todo o dinheiro que veio do Japão para limpar a
baía foi gasto e ela ficou mais suja ainda. E foi aí que o meu amigo “Zé
Doidão”, do alto de sua sabedoria falou: “Mas aquele dinheiro que veio da outra
vez não tirou as barcas das águas da baía e naturalmente, desta vez, a limpeza
vai começar exatamente tirando todas as barcas da nossa Baía da Guanabara. Com aquele ferro velho espalhado pela baía, ela nunca ficará despoluída”.
E foi aí que eu vi que só com muito humor vamos
conseguir vencer todo este desamor dos políticos pelo nosso Rio de Janeiro.
3 comentários:
Enquanto tivrer dinheiro eles vão continuara a inventar despoluíção da Guanabara.
Muita gente fica rica enquanto natureza morre.
Rio de Janeiro
Será que ainda tem gente que acredite nessa dupla Cabral e Paes? Eles falam e sonham, mas quando é para executar alguma coisa em defesa da população, adeus solução.
Rio de Janeiro
Pobre Baía da Guanabara. Tão mal tratada e ainda tenta sobreviver. Mas não tenha dúvida, 'dona' baís, que um dia esses políticos vão cansar de roubar e deverá sobrar um dinheirinho para sua saúde.
Niterói
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