Heróis de verdade

Gerson Tavares

Este é o momento para olharmos o que vem acontecendo no Brasil nesses últimos nove anos, depois que teve início a era petista. 

Sempre lembro que os verdadeiros heróis brasileiros foram feitos fora do país, quando rapazes brasileiros embarcaram para a Europa e lá na Itália  defenderam o mundo das atrocidades de uma guerra absurda. Muitos desses jovens por lá ficaram e hoje estão representados ali no Aterro do Flamengo, no monumento aos mortos da Segunda Guerra Mundial. Outros voltaram para as suas famílias e para os seus afazeres e só muito tempo depois, foram reconhecidos como heróis e então sim, tiveram reconhecidas as suas patentes e reformados como ex-pracinhas da FEB. Mas muitos morreram mesmo antes desse reconhecimento tão almejado, mas também tão demorado.

Ai veio em 2003 a era Lula e ouvi dele, Lula, que os verdadeiros heróis brasileiros foram aqueles que "lutaram contra" os militares que haviam tomado o governo em 1964. Mas ele tinha uma razão muito forte para considerar aqueles os “verdadeiros heróis”, até porque ele se incluía entre eles. E assim eles foram conseguindo indenizações e aposentadorias e essa massa ignara acreditando no heroísmo de um bando de aproveitadores.

Agora acontece lá na Antártica esse incêndio que se abate contra um trabalho de grandes homens e mulheres, militares e civis, que se isolam para no fim do mundo em pesquisas que servem ao mundo como referência. Pois foi aí que a “ficha caiu” para alguns que entenderam que ser herói não é ser baderneiro, que ser herói é ir à luta para ajudar o mundo.

Foi então que o Ministério da Defesa declarou que os mi8litares mortos quando tentavam debelar o incêndio naquela base militar, tão distante, o sub-oficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos, serão considerados heróis nacionais. Disse ainda que as famílias receberão indenização.

Mas é aí que eu fico grilado: as famílias receberão indenização que deverá ser de R$ 500 mil para as viúvas. Os filhos em idade escolar terão um auxílio de R$ 500 até entrarem para a faculdade. Tá, e daí?

Os “heróis” que receberam a “Bolsa Ditadura” além da bolada que receberam como indenização que para alguns chegou à casa dos milhões e ainda recebem “gorda aposentadoria” como “ex-guerrilheiros”.

E é aí que pergunto: E será que não seria hora de dar uma “gorda pensão” também para esses filhos que não terão nem direito a estudar em faculdade particular porque os R$ 500 acabam junto com o segundo grau.

Mas o meu amigo “Zé Doidão” encontrou a solução: O governo vai criar a “cota Antártica” para que eles tenham direito a estudar nas faculdades do governo.

É pode ser, mas “se beber, não dirija”.