"Semana Sarney" III
Se Elvis não morreu e se a morte de Osama deixou grande parte do mundo na dúvida, o presidente do Senado também morreue para piorar as coisas, continua por aqui perturbando o povo brasileiro. Mas tem momentos em que ele mesmo sente que é um pouco do folclore do norte do país. E o José Sarney reagiu com bom humor ao vazamento de um obituário feito pela Rádio Senado para sua eventual morte.
Em discurso na sessão do Congresso em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, Sarney brincou com o tema. “Hoje um jornal noticia meu obituário, mas graças a Deus, aqui estou, vivo, cheguei do céu”. Quer dizer, onde ele fala "graças a Deus", pode ser para ele para sua “quadri-família”, mas para nós brasileiros, cheios de tantos desmandos do chefe do clã mais corrupto que se tem notícias, podemos dizer “graças ao capeta”.
Para quem teve acesso a gravação dos 21 minutos com o título “Reportagem especial em homenagem ao senador José Sarney”, que foi produzida pela equipe da rádio oficial da Casa, ficou claro que já existe um obituário do Sarney, prontinho para entrar no ar, mas a Secretaria Especial de Comunicação do Senado negou que a Rádio tenha este obituário pronto e afirmou que há apenas uma “biografia” de Sarney, como haveria de todos os outros 80 senadores.
Só que a Secretaria não teve como explicar por que os verbos da “biografia” estão todos no pretérito. E assim está bem claro: “Além de uma extensa vida política, Sarney se destacou nas artes. Ele era membro da Academia Brasileira de Letras desde 1980″, diz um trecho. Mas a secretaria justificou que pode ter havido “erro verbal”.
“Mas que peninha”.
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