Gerson Tavares
“Nos somo governo e somo nós que mandamo”. Eu não sei se já ouvi esta frase, mas segundo o meu amigo “Zé Doidão” ela já foi dita pelo “metalúrgico rebelde”. E como o metalúrgico nunca me surpreende, já aceitei que foi ele mesmo que falou.
E foi já sem surpresa alguma que ouvi a notícia que um livro de português distribuído pelo Ministério da Educação (MEC), o ministério do Fernando Haddad, para quase meio milhão de alunos e que defende que a maneira como as pessoas usam a língua deixe de ser classificada como certa ou errada e passe a ser considerada adequada ou inadequada, dependendo da situação.
E neste livro, lá na pagina 14, está defesa do péssimo aluno, já que ali diz que ele não precisa seguir algumas regras da gramática para falar de forma correta. O nome do livro é bem sugestivo porque indica a moleza que vai ser daqui para frente estudar português: “Por uma vida melhor”. E o Ministério da Educação aprovou o livro para o ensino da língua portuguesa a jovens e adultos nas escolas públicas.
Nele podemos encontrar a seguinte frase: "Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado" e logo a seguir vem a explicação: "Na variedade popular, basta que a palavra ‘os’ esteja no plural". E garante: "A língua portuguesa admite esta construção".
Mas como o "desorientado aluno" ficou entusiasmado com o que viu, logo na página seguinte, a 15, está uma pergunta: "Mas eu posso falar 'os livro'?". E a resposta dos autores vem rápida: "Claro que pode. Mas com uma ressalva, ‘dependendo da situação a pessoa corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico’”.
Foi ai que comecei a me preocupar. Lá vem o danado do preconceito e nesse caso já estou vendo o ministro Peluso tendo que usar da sua verborragia para explicar o novo crime que vem por aí e que pode acabar virando criminoso aquele que tentar dizer que o "burraldo" está errado. Mas segundo Heloísa Ramos, uma das autoras do livro, a intenção é mostrar que o conceito de correto e incorreto deve ser substituído pela ideia de uso adequado e inadequado da língua. Uso que varia conforme a situação. Ela afirma que não se aprende o português culto decorando regras ou procurando o significado de palavras no dicionário.
Em nota o Ministério da Educação “decidiu” que o livro “Por uma vida melhor” foi aprovado porque estimula a formação de cidadãos capazes de usar a língua com flexibilidade. Segundo o MEC, o ministério do Fernando Haddad, o Brasil tem que se livrar do mito de que existe apenas uma forma certa de falar e que a escrita deve ser o espelho da fala. E segundo o MEC a escola tem que dar chance aos alunos jovens e adultos, de se sentirem em ambiente acolhedor no qual suas variedades linguísticas sejam valorizadas e respeitadas, para que os alunos tenham segurança para expressar a "sua voz".
Tudo bem que eu aceito o modo de falar de todo cidadão, seja ele letrado ou não e acho até interessante ouvir certos modos populares de expressão e nunca discriminei ninguém pelo seu modo de falar, mas daí, a achar que a escola não tem mais obrigação de mostrar o que é correto vai uma distancia enorme. A escola tem um objetivo maior, que é ensinar a língua portuguesa que está nas gramáticas.
Mas como diria o “metalúrgico maluco”: “Nós somo bão e vamo ser os dono do mundo”.
5 comentários:
"Num país sem orde, pra que vamo pensa em corrigi o idioma? É assim que vamo vencer a inguinorança e forma os novo brasileiro dum futuro prosporo".
Luiz da Silva
São Caetano
Só faltava essa para o fernado haddad completar a sua cota de besteiras. Quer dizer que agora o poruguês passa a ser um português-tupiniquim?
Os outros países de lingua portuguesa não vão entennder mais nada daquilo que se fala por aqui.
"E depos os portugues é que é burros".
Norna Lúcio Nogueira
Curitiba
E viva o analfabetismo. Para que educar? Se Lula, um 'anarfabeto' chegou a presidência, porque vamos colocar nossos filhos na escola.
'Tamo todos ferrado', isso para não ser censurado.
Lourival Dornelles
Porto Alegre
'Vamo que vamo. Educar pra que? O Lula está aí de prova. Pra que estuda se nós só que entra para o PT'.
Giilherme Brito
Rio de Janeiro
E pensar que um dia pensaram em unificar todos os paises de língua numa única gramatica.
Agora, depois do dialeto lulatico, 'Como eles vai entendê agente?'
Godofredo Correia Campos
Niterói
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