terça-feira, 3 de maio de 2011

Maconha livre




Gerson Tavares



Já virou tradição no Rio de Janeiro a libertinagem dos viciados. E tudo com aval da Justiça. Tudo depois que quatro “safardanas do fumacê” foram detidos por policiais militares que faziam sua ronda e encontraram o quarteto distribuindo panfletos na Rua Mem de Sá, na Lapa, centro do Rio de Janeiro, com todo o calendário das passeatas em defesa da legalização da maconha.

Foi então que o grupo resolveu pedir um habeas corpus preventivo para que possam se manifestar sem serem molestados e o juiz Alberto Fraga, do 4º Juizado especial Criminal (Jecrim) imediatamente concedeu.

Esta ideia partiu depois da detenção de Renato Athayde Silva, Thiago Tomazine, Adriano Caldas e Achille Lollo naquela frustrada distribuição de panfletos, quando eles foram levados à 5ª DP, que fica logo ali, na Rua Gomes Freire e foram autuados por apologia ao crime.

Pois logo depois veio a decisão judicial que foi proferida, não só em defesa desses quatro, mas também de João Gabriel Henriques Pinheiro e de Antonio Henrique Campello de Souza Dias, que também fazem parte da “turma do fumacê”. Mas como é preventivo o habeas corpus, também estarão “cobertos de razão”, todos aqueles que tomarem parte na bagunça.

Diz o juiz Alberto Fraga que acolheu o pedido “baseado” em decisões anteriores e uma delas é do ex-titular do Jecrim do Leblon e que hoje já é o desembargador Luiz Gustavo Grandinetti Castanho de Carvalho. Foi ele que no ano passado liberou geral para que acontecesse a marcha sem que os participantes fossem molestados.

Na decisão do juiz estava claro que “o direito invocado pelos pacientes possui fundamento constitucional, por lhes ser conferida a possibilidade de reunião pacífica em locais abertos ao público, nos termos do artigo 5º da Constituição da República Federativa do Brasil”.

Sendo assim pelo parecer do magistrado, o viciado tem o direito de expressar uma ideia, opinião ou pensamento, desde que não faça apologia às drogas. Mas por que eu ou outras pessoas, que não somos viciados, somos obrigados a aceitar essa tolerância da Justiça?

Será que no próximo domingo nós não vamos poder andar na orla do Leblon até ao Leme sem nos misturarmos a esses financiadores da bandidagem? Com a palavra a "Justiça".

2 comentários:

Anônimo disse...

Só falta agora o Rio de Janeiro liberar a passeata do crack e do oxi.

Esta liberação é uma vergonha para a família carioca. Mas o que esperar dessa Justiça tão injusta?

Domingo, no Rio, é dia do cidadão de bem se trancar em casa e deixar as ruas para os viciados.


Maria de Cassia Lanes
Copacabana

Anônimo disse...

Até na Justiça tem gente que dá força para esses bandidos travestidos de usuários.

São todos do mesmo meio, da mesma laia.

Deolinda Teixeira Dantas
Flamengo