Choque nas ruas pode dar dor de cabeça
Agente da GM serviu de “cobaia” para taser
Foto Felipe O´Neill/
Trinta agentes da Guarda Municipal da cidade do Rio de Janeiro foram selecionados dos grupamentos Tático-Móvel e de Ações Especiais para um “curso” que durou três dias. Com aulas teóricas, com exibição de vídeos e palestras, houve simulações com a nova arma não letal que será usada em breve. O “curso” terminou com uma prova de 130 questões.
Na quinta-feira passada, um voluntário se deixou ser atingido pela “taser”, a arma que será a grande novidade. Foi o guarda Willian da Silva Rosa França, de 28 anos, que está na corporação há 4 e fez questão de sentir na pele os efeitos da pistola. “Você fica consciente. Vê, fala, pensa normalmente, mas não consegue mexer nada do corpo”, declarou Willian.
Mas uma dúvida está me deixando preocupado. Segundo a GM, a “taser” não faz mal a cardíacos, mas não pode ser usada contra mulheres grávidas, já que ativa a contração muscular e pode induzir ao parto. Contra idosos, também é preciso cautela, para que caiam de mal jeito e se machuquem.
É exatamente esta “ativação” muscular que preocupa em relação aos cardíacos. Mas se o coração é um músculo e a o disparo dessa arma ativa a contração muscular, como garantir que não irá atingir um coração já combalido por um mal? E uma pessoa que tenha um marca-passo em funcionamento em seu peito? Quem garante que não será atingido de morte?
É hora da OAB procurar ver até onde essas “armas” são tão “não letais”. Antes de se pensar em usar esse tipo de “arma”, é bom ver se ela “pode” ser usada.
É hora da OAB procurar ver até onde essas “armas” são tão “não letais”. Antes de se pensar em usar esse tipo de “arma”, é bom ver se ela “pode” ser usada.
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