quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Greenhalgh, sempre ele

Gerson Tavares


Tem gente que consegue enganar a muitos por pouco tempo. Outros enganam poucos por muito tempo, mas ninguém consegue enganar alguém por todo o tempo. Neste caso está o advogado e ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh. O presidente da FENAJ, Sérgio Murilo, ao falar que Greenhalgh tem uma longa trajetória de militância em direitos humanos, esqueceu que estamos vivendo uma época que currículo não é credencial moral de ninguém.

A Federação Nacional dos Jornalistas classificou de desatino o pedido de busca e apreensão que foi feito por Greenhalgh na casa do jornalista de “O Estado de São Paulo”, Leonêncio Nossa, para obtenção de documentos conseguidos durante apuração de reportagem sobre a guerrilha do Araguaia.

O editor-executivo do jornal acha o pedido absurdo e diz que deverá ser rejeitado pelo juiz. Mas é bom não esquecer que quem esta fazendo o pedido é o Greenhalgh, um homem de “força” com a turma de cima. Ele nega que tenha pedido a quebra de sigilo de fonte jornalística, mas como tudo que ele faz sempre tem uma segunda intenção, é bom não acreditar na versão atual que era apenas pedir que o repórter prestasse depoimento e apresentasse os documentos repassados por Sebastião Curió, um dos envolvidos da guerrilha.

Mas como essa turma tem sempre um olhar de acordo com o lado que está, o que o ex-deputado quer mesmo é a apreensão dos documentos e ponto final.

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