Eu sou do tempo em que cartilha

era para ensinar

Gerson Tavares

Existem dois ministérios que vira e mexe, teimam em criar umas cartilhas que nunca são seguidas. O Ministério da Educação até que poderia criar mais cartilhas para a criançada estudar, mas as cartilhas nunca são essas. Mas hoje quero falar do outro ministério que cria cartilhas, o da Saúde, o do “Temporão” que agora mesmo, acaba de soltar a “Cartilha contra a Aids”.

Segundo nos contou o Jorge Bastos Moreno, pela sua coluna no jornal O Globo, de sábado, o deputado Martini, PHS-MG, está preocupado com o que viu nessa “cartilha”. A revolta do deputado era tamanha, que em uma reunião para discussão da PEC, se viu forçado a sair do assunto em pauta para ler algumas partes do documento editado pelo ministério do “Temporão”, mas tentando poupar os colegas das partes mais “picantes” da história.

Esta “cartilha” é dirigida aos grupos de risco do mal do século, mas se alguém, como no caso do Deputado Martini, pegar para ler, irá ficar assustado. Pelo fato de ser dirigida, ela trás desenhos ilustrativos de posições de atos sexuais que a turma já está cansada de saber e que não “ilustra” em nada o documento e sim, o tornam deplorável pela falta de polimento ao tratar de um assunto tão sério. Para a turma da terceira idade há o ensinamento para colocação da “camisinha”, que deverá ser colocada com o pênis ereto. Até aí nada foi dito que seja novidade, até porque não existe razão de camisinha sem a ereção, mas falar que a “camisinha” deverá ser retirada após o ato com o pênis ainda ereto, aí já passa a ser, literalmente, gozação com a turma.

Mas como o ministro é um “Temporão”, esta só pode ser mais uma maldade do “homem do mal”.