Quem disse que todo mundo
está trabalhando?
Gerson Tavares
Lendo ou ouvindo esta
notícia, parece que as coisas estão nos eixos no Brasil, mas a verdade não é
bem essa. Vejamos a notícia: “A taxa de desemprego das pessoas com 15 anos ou
mais de idade foi de 6,1% em 2012, abaixo dos índices de 2011 (6,7%) e de 2004
(8,9%). Já o percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no
setor privado, foi de 74,6% e manteve-se estável de 2011 para 2012, embora o
número absoluto tenha crescido 3,2%”. Como podemos ver já é um resultado bem
defasado, já que estamos em 2014 e as coisas estão á cada dia pior.
Agora vamos tentar
mostrar a realidade desta taxa de desemprego, que para as pesquisas vêm caindo,
mas só que eles não explicam como é feita essa amostragem. Então vamos
esclarecer a situação.
Eles não dizem que as
pessoas que estão à procura de emprego diminuiu porque uma grande parte
daqueles que procuravam emprego se cansou de correr atrás de colocação. Uma grande
parte está vivendo “nas costas” do pai, da mãe ou de outro parente que “ainda”
está empregado.
É muito fácil falar que
como não há procura, as pessoas estão empregadas, mas essa é uma grande
“balela”. As pesquisas não dizem quantos brasileiros foram empregados e quantos
não foram dispensados, mas esta é a grande realidade: para cada dois que
conseguem emprego, dois são dispensados. Tanto é que as carteiras assinadas
nunca são em maior número de ano para ano.
Tanto é que o
percentual de empregados com carteira de trabalho assinado no setor privado
(74,6%) manteve-se estável de 2011 para 2012, mas se olharmos de 2013 para
2014, o quadro deverá ser bem pior, com um menor número de carteiras assinadas
nos dias de hoje.
Se a procura hoje é
menor, não é porque o brasileiro conseguiu emprego e sim, porque ele cansou de
“correr atrás”.
A PNAD é realizada
desde 1967 e trazem informações sobre população, migração, educação, trabalho,
rendimento e domicílios para Brasil, grandes regiões, estados e regiões
metropolitanas. Os resultados de 2012 podem ser acessados no site do IBGE, mas
a realidade, tenham certeza, não está ali.
Esta sim, é a verdade. Eles são os "Desempregados desiludidos".
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