terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Aí tem “xaveco”



Defesa de Perrela é feita por filho 

de presidente do TJ

Gerson Tavares
 








A falta de vergonha é uma marca registrada nos Poderes da República e é exatamente por isto que estão sendo processados no Tribunal de Justiça de Minas Gerais por enriquecimento ilícito, tanto o senador Zezé Perrella, do PDT/MG, e seu filho, deputado estadual Gustavo Perrella, do SDD/MG, e como eles são “bandidos”, mas não são burros, trataram logo de contratar o escritório do advogado Sérgio Santos Rodrigues, que outro não é senão o filho do presidente do tribunal, desembargador Joaquim Herculano Rodrigues, como o defensor neste caso. Mas este fato não é isolado, já que Sérgio Rodrigues já presta serviços para o gabinete do senador, em Brasília.

E agora, no caso do Tribunal de Justiça mineiro, a defesa já se prepara para contestar efeitos de uma ação de improbidade movida pelo Ministério Público na qual pai e filho “bandidos” tiveram bens bloqueados e ainda quebras de sigilo bancário e fiscal decretadas, em decisão liminar da juíza Rosimere das Graças do Couto, da 3ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias de Belo Horizonte.

O Ministério Público sustenta que uma fazenda do senador recebeu verbas públicas do governo estadual para o fornecimento de insumos agrícolas. O bloqueio de bens alcança bens móveis e imóveis que perfazem o valor total de R$ 14,5 milhões.

Coisas estranhas acontecem com a família Perrella e uma dessas coisas estranhas, de julho de 2011 a dezembro de 2013 o Perrella “pai” destinou um total R$ 234 mil da verba indenizatória do Senado para o escritório de advocacia. Mas para todo e qualquer “golpe” os advogados de ”bandidos” têm explicações e neste caso o advogado afirmou que o recurso da verba é usado exclusivamente para cobrir despesas relativas a serviços voltados ao mandato parlamentar.

“Serginho” nega com veemência ter recebido do Senado Federal para atuar em processos particulares da família Perrela. Mas não tem como explicar porque em 2011, o senador destinou R$ 54 mil para aquele escritório de advocacia. No ano seguinte, R$ 108 mil. Em 2013, R$ 72 mil e o valor das parcelas é de exatos R$ 9 mil. E assim segue a “sacanagem” com o Zezé pagando, apresentando notas fiscais, e depois recebendo o reembolso da Casa.

Mas o filhote de desembargador tem explicações para tudo: “No Senado é outro trabalho. Faço assessoria do gabinete, sem relação com os processos particulares da família. Presto consultoria para elaboração de projeto de lei, parecer sobre a constitucionalidade de projetos, acompanhamento do senador em audiências públicas e assuntos do seu interesse. Todas as outras contratações são feitas a parte e são pagas pela pessoa física do Gustavo e do Zezé”.

Mas quem atua nessa de resolver todas as “mutretas” da família Parrella, é sempre o filho do desembargador. Por tanto, ninguém tem peito de “garantir” que o “Quinzinho” não dá cobertura nessas “sacanagens”.


Tudo isso quer dizer Brasil.

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