Defesa de Perrela é feita por filho
de
presidente do TJ
Gerson Tavares
A falta de vergonha é
uma marca registrada nos Poderes da República e é exatamente por isto que estão
sendo processados no Tribunal de Justiça de Minas Gerais por enriquecimento
ilícito, tanto o senador Zezé Perrella, do PDT/MG, e seu filho, deputado
estadual Gustavo Perrella, do SDD/MG, e como eles são “bandidos”, mas não são
burros, trataram logo de contratar o escritório do advogado Sérgio Santos
Rodrigues, que outro não é senão o filho do presidente do tribunal,
desembargador Joaquim Herculano Rodrigues, como o defensor neste caso. Mas este
fato não é isolado, já que Sérgio Rodrigues já presta serviços para o gabinete
do senador, em Brasília.
E agora, no caso do
Tribunal de Justiça mineiro, a defesa já se prepara para contestar efeitos de
uma ação de improbidade movida pelo Ministério Público na qual pai e filho
“bandidos” tiveram bens bloqueados e ainda quebras de sigilo bancário e fiscal
decretadas, em decisão liminar da juíza Rosimere das Graças do Couto, da 3ª
Vara da Fazenda Pública e Autarquias de Belo Horizonte.
O Ministério Público
sustenta que uma fazenda do senador recebeu verbas públicas do governo estadual
para o fornecimento de insumos agrícolas. O bloqueio de bens alcança bens
móveis e imóveis que perfazem o valor total de R$ 14,5 milhões.
Coisas estranhas
acontecem com a família Perrella e uma dessas coisas estranhas, de julho de
2011 a dezembro de 2013 o Perrella “pai” destinou um total R$ 234 mil da verba
indenizatória do Senado para o escritório de advocacia. Mas para todo e
qualquer “golpe” os advogados de ”bandidos” têm explicações e neste caso o
advogado afirmou que o recurso da verba é usado exclusivamente para cobrir
despesas relativas a serviços voltados ao mandato parlamentar.
“Serginho” nega com
veemência ter recebido do Senado Federal para atuar em processos particulares
da família Perrela. Mas não tem como explicar porque em 2011, o senador
destinou R$ 54 mil para aquele escritório de advocacia. No ano seguinte, R$ 108
mil. Em 2013, R$ 72 mil e o valor das parcelas é de exatos R$ 9 mil. E assim
segue a “sacanagem” com o Zezé pagando, apresentando notas fiscais, e depois
recebendo o reembolso da Casa.
Mas o filhote de
desembargador tem explicações para tudo: “No Senado é outro trabalho. Faço
assessoria do gabinete, sem relação com os processos particulares da família.
Presto consultoria para elaboração de projeto de lei, parecer sobre a
constitucionalidade de projetos, acompanhamento do senador em audiências
públicas e assuntos do seu interesse. Todas as outras contratações são feitas a
parte e são pagas pela pessoa física do Gustavo e do Zezé”.
Mas quem atua nessa de resolver
todas as “mutretas” da família Parrella, é sempre o filho do desembargador. Por
tanto, ninguém tem peito de “garantir” que o “Quinzinho” não dá cobertura
nessas “sacanagens”.
Tudo isso quer dizer
Brasil.
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