Depois
do Lula veio a Dilma
Gerson
Tavares
Assim devem estar se
sentindo os donos das montadoras de automóveis. Durante o período militar,
quando o governo cobrava planilhas com as razões para aumento dos automóveis,
Lula apareceu como o grande aliado das montadoras. Nada como uma greve para
amolecer o coração dos militares e assim, as montadoras foram aumentando os
preços dos seus produtos. Lula fez seu nome como o grande líder que conseguia
aumento de salários com qualquer greve e acabou chegando à presidência do País.
Tudo graças ao bom
trânsito que tinha com os ex-patrões. Depois de virar líder sindical, essa
classe de aproveitadores que a cada dia aumenta mais, Lula virou o “porta-voz”
dos patrões para com os trabalhadores. “Vamos fazer greve que os patrões vão
nos dar uma migalha daquilo que conseguirem de aumento para os seus produtos”.
E todos embarcavam nessa onda de negociatas que serviram de plataforma para a
candidatura futura.
Mas hoje a coisa mudou
e Lula já não é nem líder sindical e muito menos presidente e foi então que
começou uma “caça as bruxas”, com a presidente Dilma Rousseff em luta contra os
juros dos bancos. Como está dando resultado, o governo está pensando em abrir
outra linha de negociações e desta vez, ele quer que as montadoras de veículos
no país abram as contas e margens de lucro.
Como não é segredo que
Lula abriu as facilidades para os ex-patrões, o Executivo avalia que dá
incentivo a um setor sem conhecer a real situação financeira das fabricantes. Assim
sendo, parece que o governo quer saber o que de verdade existe nesse "túnel
escuro". E se ficar constatado aquilo que a Dilma está pensando, o governo deverá
cobrar reduções mais agressivas de preços, sobretudo, quando houver incentivos
federais, como os que foram anunciados na semana passada.
Por lei, companhias de
capital fechado, a maioria do setor, não são obrigadas a divulgar seus
balancetes e ainda mais as montadoras, que sempre foram as “meninas dos olhos”
do Lula. Elas mesmo é que nunca pensaram no assunto. E para mostrar que essa negociação vai ser
muito difícil, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automores (Anfavea)
não quis se pronunciar, deixando assim no ar a questão.
Mas também, se
pronunciar para que? Será que não seria bom primeiro procurar o Lula?
2 comentários:
Mas se o governo pensa em atacar o produtor, porque ele também não pensa na carga de tributos que está gerando inclusive o grande desemprego.
Na área fonografica o desemprego é enorme porque a pirataria está aí, acabando com as greavadoras. Por vque o governo não diminui a carga tributaria que encarece o CD?
É muito fácil falar dos outros, mas quero ver fazer o seu papel.
São Paulo
Esse governo está de brincadeira. As montadoras abrindo seus balancetes e o governo vai mostrar a sua caixa preta? O povo tem o direito de saber onde o governo gasta o dinheiro, mas isso, nem pensar.
São Caetano
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