CPI
pode render cargos e fama
Parlamentares
da CPI do Cachoeira em reunião, quando rejeitaram requerimentos de convocação
de governadores
Se não servem para
punir culpados, pelo menos as Comissões Parlamentares de Inquérito servem colocar
muitos políticos anônimos em evidência, nem que seja para colocar o seu nome em
“boca de Matilde”.
Neste caso está o presidente
da CPI do Cachoeira, Vital do Rêgo, do PMDB/PB, que em seu primeiro mandato já
tem planos de sair da comissão para a presidência do Senado. Ele já foi
adotado pelo senador Renan Calheiros, que também e do PMDB, só que de Alagoas, e não é que o "safardana" que já deveria ter sido cassado, já está planejando fazer do seu colega nordestino um “ser” conhecido o
suficiente para assumir o lugar de José Sarney, este do PMDB/AP, no comando da
Casa.
Sem a menor cerimônia o
Renan indicou o Rêgo para outras funções importantes, tudo com o pensamento no
futuro. Primeiramente foi relator do projeto de distribuição dos royalties do
petróleo, presidente da Comissão de Orçamento do Congresso, Corregedor do
Senado (aquele que é o responsável por investigar os colegas) e, por fim,
presidente da CPI do Cachoeira.
Mesmo com a contratação
de funcionária-fantasma em seu gabinete, mesmo debaixo das críticas sobre a
condução dos trabalhos e alguns escorregões na CPI, lá vai o Rego aparecendo no
cenário nacional.
Mas já virou "chacota" toda
e qualquer fala do senador na CPI. Uma das frases que já faz parte do maior
programa humorístico da TV Câmara foi dita por ele: "Ele foi satisfazer
suas necessidades fisiológicas urgentes", disse Rêgo, ao microfone, justificando aos
colegas a razão de o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), não estar presente
num momento da reunião. Ele também já está famoso pela troca de nomes que
costuma fazer: "Chico Lopes está com a palavra", afirmou. "É
Chico Alencar, presidente", corrigiu o próprio deputado do PSOL.
Mas como ninguém faz um
programa humorístico tão longo, sozinho, o presidente da CPI não está só. O
torpedo do deputado Cândido Vaccarezza (PT/SP) para o governador do Rio, Sérgio
Cabral (PMDB/RJ), dizendo que "você é meu e nós somos teu", virou
motivo de piada dos colegas.
"Deputado Miro, o
senhor está no meu campo de visão, e eu gosto de olhar nos olhos do
depoente", disse em uma reunião o senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP). e
a resposta em termos de desculpa veio imediata e com muito humor: "Ele é teu!", falou Miro
Teixeira (PDT/RJ), arrancando risos.
Mas para muitos, está
fazendo falta o Vaccarezza, porque desde que foi flagrado blindando o Cabral,
Vaccarezza tem se ausentado da CPI. E o pior é que a vaga na comissão seria uma
forma de devolvê-lo às articulações políticas após ter perdido o cargo de líder
do governo na Câmara.
Assim sendo, quem perde
é o humor.
Um comentário:
Mas só vejo certos nomes de senadores e deputados, quando tem CPI. Ou sendo julgado ou julgando, mas só na hora de algum escândalo.
Onde eles andam o resto do tempo? Se bem que agora, depois que o Lula abriu a porteira para os bandidos, virou tempo de CPI.
Guarulhos
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