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E a Saúde?

Gerson Tavares

Enquanto o Brasil está vendo sua população morrer nas portas de hospitais, enquanto crianças estão esperando a morte chegar em leitos de hospital por falta de anestesista para ser transplantado de fígado, o empresário Eike Batista, eleito pela revista "Forbes" o oitavo mais rico do mundo, posta em sua página no Twitter, o apoio a um time de vôlei masculino no Rio de Janeiro.

São iniciativas voltadas à prática do voleibol masculino no Rio que estão contando agora com o apoio do Grupo EBX, empresa do grupo do Eike Batista. Este patrocínio é para criação de um time de vôlei masculino no estado do Rio e que como tudo que o Eike faz, terá a sigla “RJX”. Este novo time carioca terá como local de treinamento e como “arena de jogos” o velho e bom Maracanãzinho, ginásio que por enquanto é nosso, mas que sabe lá, um dia possa a ser de Eike Batista e passe a se chamar “MARACANÃX”.

Esta iniciativa, segundo diz Eike, tem a finalidade de contemplar a formação de jovens jogadores e dar apoio à Escola de Vôlei Bernardinho em comunidades ocupadas por UPPs.

O projeto tem o envolvimento do preparador físico da Seleção Brasileira, José Inácio Salles, e do ex-técnico Radamés Lattari. Este, aliás, deverá ser o coordenador do projeto e segundo Lattari, ele faz parte do projeto, não só da equipe de vôlei. Muitos que estão por aí no vôlei nacional já estão na lista de contratos. O levantador Bruninho, o central Éder, o oposto Théo e o ponteiro Dante, todos da Seleção Brasileira, já são prováveis reforços.

Mas o mais importante disso tudo vem agora. Eike Batista vai colocar neste projeto, um investimento em torno de R$ 13 milhões. Só no vôlei, sabemos que cerca de R$ 9 milhões serão colocados. E é aí que eu pergunto: “Por que o Eike não investe o seu dinheiro em hospitais e escolas que estão aí, quase fechando as portas, à míngua?

Ah, sim. O esporte dá retorno financeiro e ajudar hospitais e escolas, não. Mas e se o Eike fizer uma proposta pública ao governo que para o dinheiro investido em manutenção de hospitais, em manutenção de escolas, para que em cada real investido o governo negocie no imposto de renda de suas empresas? Uma coisa honesta e justa. Aliás, se Eike ou qualquer outro grande empresário fizer uma proposta dessas, além de resolver a situação da população irá dificultar o desperdício por parte dos funcionários públicos que já são “viciados” em desvio de dinheiro, medicamentos, material escolar e outras coisas mais.

Com uma administração séria, a Saúde e a Educação neste país será outra.