quinta-feira, 13 de maio de 2010

Falar de futebol é mole




Gerson Tavares



O Dunga tomou conta do noticiário esta semana. E já que falamos em futebol, vivendo num país conhecido como “o país do futebol”, eu fico preocupado com o que vem por aí. Logo após a divulgação dos convocados para a seleção que irá à África do Sul, só se ouvia opiniões, uns a favor da convocação e outros contra, mas todos só interessados na Copa do Mundo.

Lula, a pessoa que mais entende de futebol que já passou pelo governo, só faltou dizer que foi ele que mandou a lista de convocação para a CBF. Disse, através do ministro do Esporte, o cantor Orlando Silva, que a lista seguiu a coerência de Dunga para a escolha. A Dilma destoou do seu “criador” e não perdoou Dunga por não convocar Neimar e Ganso.

Mas os políticos estão falando e encontrando eco na população. Muitos populares esqueceram até dos afazeres para discutir quem deveria ser ou não convocado. E é exatamente ai, no meio da população, que corre o perigo dessa desenfreada empolgação. Enquanto eles discutem se Dunga é burro ou coerente, outros já garantem que o técnico foi coerente em burrice e estupidez. Outros falam que Adriano pediu para ficar de fora da seleção e ouvi gente falando que Dunga não poderia deixar Ronaldinho Gaúcho fora da Copa. Além dessas, outra tantas opiniões dividem os políticos e a população, mas só falando sobre futebol, a paixão nacional.

Pois digo que se Dunga convocou bem e mal eu não sei, só sei que o eleitor vai ter que escolher muito bem em outubro para termos uma seleção sem os “adrianos” da vida. Digo mesmo, que o povo tem que acordar a tempo de salvar esse pobre Brasil.

Até o final da Copa a euforia vai tomar conta do torcedor, o povo vai viver nas nuvens, mas depois, quando outubro chegar e ele voltar a ser eleitor, é este mesmo povo sonhador que vai ter a responsabilidade de votar certo.

Antes de qualquer coisa, pense que antes de qualquer “seleção de futebol”, está sua “seleção de vida”. Se aquela “seleção” perder, outras Copas virão, mas esta, a "da vida", não pode ser derrotada, porque vida é uma só.

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