quarta-feira, 12 de maio de 2010

Cada um tem o Dunga que merece


Gerson Tavares

Sou filho de comerciante e lembro muito bem que o gerente do comércio tem muito que aprender para um dia chegar a ser dono da loja. Sei que vai longe o tempo dos “títulos”. Por tanto, depois dos oito anos petistas, tem gente querendo esfregar na cara dos eleitores a sua posição de uma simples gerência.

Em visita a cidade do Rio Grande, no Rio Grande do Sul, a candidata do Lula à Presidência da República Dilma Rousseff, como não tinha do que falar resolveu opinar sobre a escalação da seleção brasileira de futebol e também comentou sobre sua capacidade gerencial.

E como estava em sua terra que, aliás, não é a terra dela, Dilma lembrou que já foi secretaria da Fazenda de Porto Alegre, duas vezes secretária de Minas e Energia e Comunicações do governo do Rio Grande do Sul, ministra de Minas e Energia e chefe da Casa Civil da Presidência da República. Por isto, eu falei do gerente, aquele que nunca mandou no negócio. Mas ela tinha que explorar o que consegue falar e: “Tenho experiência de gestão, não tenho, entretanto, experiência eleitoral e fico pensando se às vezes não é melhor porque seria uma lufada de ar novo numa situação mais tradicional de fazer política”.

Como estamos às vésperas da Copa do Mundo, Dilma, lembrando bem o seu “criador”, não perdeu a oportunidade de comentar a convocação da seleção brasileira: “No chinelo da minha humildade, eu gostaria muito de ver Neymar e Ganso. Acho que um entre 10 brasileiros gostariam. Eu parei de ver, voltei a ver, acho que ele tem essa capacidade de fazer a gente olhar. Tem esse lado brincalhão e alegre”.

E foi ai que eu liguei para o meu amigo “Zé Doidão” para saber a sua versão e ele soltou a sua pérola: “É melhor ouvir isso do que ser surdo”.

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